24.7.11

ADVERSÁRIOS E INIMIGOS


Os militantes do PS escolheram António José Seguro para seu líder e, consequentemente, para líder da oposição. O desprezo silencioso - típico de quem é incapaz de uma atitude crítica livre que não ressuma exclusivamente do rancor ou do servilismo - com que a sua vitória foi recebida pelas hostes afectas ao seu antecessor (com a óbvia excepção de Assis) é revelador da "densidade" democrática que os caracteriza. Seguro encontrará fora do partido muitos adversários a começar pelo autor deste blogue. Mas não terá tantos inimigos como dentro de casa.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tal como Guterres, ele nunca chegará sequer a saber quem tem dentro de casa. Provavelmente nem perceberá ao ponto de desconfiar. Pobre homem.

Anónimo disse...

Ora vamos lá ver..., isto é algo que nunca compreendi: então se as pessoas gostam de alguém e o vêem derrotado, mais as suas ideias e alguns etc., a propósito de quê haveriam de exultar pela vitória do opositor?!
Mas cumprimentar e aplaudir porque se é 'democrático'?
Ser democrático é aceitar que existam outros a querer o mesmo que nós e, caso ganhem, não os exterminarmos.
Agora, festejar, já é uma bocadinho demais, não é?
Os partidos são (além do que o soba da Madeira disse um dia), uma fratricida peleja pelos poucos lugarzinhos ao sol.
Então quando estão abaixo do poleiro, imagino o azedume...
Às vezes o lirismo invade o racionalismo, não é?
É a luta, é a luta, senhores!
Passou à frente este cidadão com ar apatetado e ficou a remoer filosoficamente o desterro o outro, com ar para o qual me falta adjectivação curial.
Depois dos que chegaram à gamela já terem começado a contrariar promessas e a encaixar despudoradamente as suas clientelas onde dá jeito, cá temos uma oposição de trampa.
Já começou a indisponibilizar-se para modernizar a nação, pelo que continuaremos com uma Constituição dogmática e não útil.
Um chiqueiro, isto tudo.
Por mim, nunca mais voto.
Assim, nem aplauso, nem apupo.
O raio que os parta A TODOS.

Uma rapariga do povo.

Anónimo disse...

Alguem falou em 'modernizacao'!

A

Rui

fado alexandrino. disse...

Já começou a indisponibilizar-se para modernizar a nação, pelo que continuaremos com uma Constituição dogmática e não útil.

Está aqui tudo dito.
Mais uma inutilidade, meu Deus quando é que teremos gente a sério que consigam pensar em futuro.

Anónimo disse...

A menos que se dê uma ' miraculosa' alteração na estratificação social do PS e uma 'moderação democrática' nas castas hereditárias do socialismo campo-grandista, Seguro tem à partida os dias ainda mais contados do que qualquer outro líder (o beneplácito do "rei" soa a falso e é apenas correcto). Vimos o que aconteceu a Gama por não ter alinhado "em tudo" com o clã-soares. Os benzocas "cosmopolitas socialistas" de Lisboa ficarão para já em silêncio; mas um dia dar-se-á um sacrifício pascal (talvez à maneira kamikaze do PSD) - com ou sem vitórias nas autárquicas/europeias. Processos e pretextos não faltam; quando não há um, inventa-se: uma espécie de "incidente de fronteira" que pode aparecer do nada. Seguro é mau; Assis era o defensor do socratismo-delinquente - e por isso também era mau. Mas o tempo exigia um bom líder - com interior, profissão, percurso, ideias, convicções, inteligência, originalidade, verdade. O que apareceu foi o TóZé...

Ass.: Besta Imunda

Unknown disse...

Não são só as elites que estão loucas. O povo socialista que, há pouco mais de três meses, entronizou em delírio hipnótico o futuro ex-PM, dá agora quase 70% de confiança a alguém que esteve sempre à margem do socretismo.
Este povo é mesmo ciclotímico!