13.9.09

NÃO TRANSIGIR


«Não corre, não foge, não agrava, não transige.» Sei que isto é de Salazar, em 1932 (não é de 58 ou, pior, de 68, momentos que porventura já não seriam os seus), e é dito assim para poupar às vestais inconsequentes e nulas o trabalho do tradicional rasganço das roupinhas. Mas nem tudo que vem de Salazar tem de ser necessariamente mau. Nem tudo.

5 comentários:

Mani Pulite disse...

Sapateiro continua a interferir escandalosamente na política interna e nas eleições portuguesas.As declarações de hoje de um Ministro espanhol sobre o TGV em Portugal são inaceitáveis.Sapateiro fora de Portugal!

Garganta Funda... disse...

Quem lê a obra de Salazar e quem aprecia a sua obra e acção politica, facilmente chegará à conclusão que o Prof.António Oliveira Salazar foi muito mais socialista (no sentido etimológico e não politico-partidário do termo) do que esta gentinha socretina que passa a vida a pregar a "esquerda moderna" e a encher a boca em vão com a palavra "socialismo"...

Anónimo disse...

Já agora,completemos: "não corre,não foge,não agrava,não transige,procura a justiça e o bem do povo,e não desiste de,conforme as possibilidades e as exigências da consciência nacional,realizar,na parte que lhe possa caber,a transformação que a Ditadura na sua génese e no seu desenvolvimento pretende fazer em Portugal." Não sei se concorda com a aplicabilidade do programa ao caso actual,mas aqui fica o contexto. E plenamente de acordo que o homem dos anos 50 e 60 já não é o mesmo dos 30 e 40. Infelizmente.

Anónimo disse...

Conservador, reaccionário, antiliberal como muitos teóricos do seu tempo, Salazar deixou um conjunto de análises políticas que deveriam ser objecto de reflexão no contexto histórico em que as mesmas foram produzidas. Infelizmente, ou por vergonha e má consciência de uma certa direita ou pelo facto da nossa esquerda marxista e jacobina o ter condenado à fogueira ainda não é possível avaliar o seu pensamento com a ncessária objectividade.

Anónimo disse...

Para o Anónimo das 10.08. Alguma coisa se vai fazendo. Alem de alguma bibliografia,quanto à blogosfera,veja por exemplo o post sobre António Ferro no blog "Do Médio Oriente e Afins" e os respectivos comentários.