Cavaco Silva vetou - e bem - a a lei do pluralismo e da não concentração dos meios de comunicação social aprovada exclusivamente pelo PS, uma coisa que deve ter brotado da cabeça do "malhadinhas" Santos Silva, o ministro da dupla tutela (comunicação social e grupo parlamentar), de braço dado com o velho patrulheiro Arons. «É questionável, desde logo, que se haja pretendido introduzir uma alteração deste alcance e desta profundidade no sector da comunicação social num momento em que a União Europeia se encontra a estudar e debater esta problemática, não parecendo existir entre nós, ao contrário do que porventura sucederá noutros países, um défice de pluralismo da comunicação social que justifique a premência da emissão de um diploma desta natureza», escreve o PR na sua mensagem ao Parlamento. Também salienta que a «paradoxal convergência entre um acréscimo de intervenção pública, quanto aos objectivos, e uma dependência do reconhecimento privado, quanto aos pressupostos» de onde «poderão emergir graves problemas para o futuro da comunicação social em Portugal.» Finalmente, «o presente diploma (...) parte de duas ideias essenciais: (1) a de que maior audiência é sinónimo de maior influência; (2) a de que a maior influência equivale necessariamente a um risco para o pluralismo e para a independência. Ora, nenhuma destas ideias se encontra demonstrada. Ainda que com escassa audiência, uma publicação pode ser extremamente «influente». E o facto de ser «influente» não significa menor independência – tal capacidade de influência pode decorrer justamente da sua marca de pluralidade e de independência em face do poder. Ao invés, a circunstância de uma dada empresa ter uma grande aceitação por parte do público não significa necessariamente que ela seja menos independente – o sucesso que possui pode justamente conferir-lhe maior solidez e, logo, maior independência face ao poder político ou outros poderes.» Não é preciso dizer mais nada.
4 comentários:
Naturalmente. Ainda estou para perceber se esta gente é intrinsecamente fascista ou simplesmente estúpida. Dá-me ideia que não têm miolos para analisar a extensão das leis e parvoíces que andam a aprovar desesperadamente. Sempre achei que as repúblicas tendem para o excesso legislativo e para a ditadura, mas estes tipos estão numa de legislar sobre tudo o que mexe. A boa praxis republicana deveria traduzir-se na tentativa de ser o menos republicano possível, até se encontrar uma forma superior de regime político.
ss anda a ser malhado. malhados era no começo do sec. xix os absolutistas.
o congresso gerôntico de espinho parecia o recreio dum lar da 3ª idade:
arons, arnaut, almeida santos, vital branco de neve
as ideias vem nos carimbos da international
«de pé ó vítimas da fome»
uns de poder, outros de comer
radical livre
Peço desculpa mas é preciso dizer mais e muito. Esta lei foi desenhada para rebentar especificamente com a Rádio Renascença, vá-se lá saber porquê.
Um dia saber-se-ão os contornos de mais este ataque à liberdade de informação.
O Aprendiz de Ditador continua com a rédea solta.
Foi alimentado pelo próprio Cavaco que andou a beijar-lhe os pés.
Claro que o "Animal Feroz" mostrou ser um "Besta Perigosa".
Não é fácil, num País de analfabetos, muitos deles diplomados pelo Mestre da Crapulice, afastar nas urnas um ditadorzeco destes.
O Mugabe Português pode bem envelhecer no que resta de Portugal, se o País entretanto não colapsar.
A insolvência já esteve mais longe...
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