«Estamos de novo no círculo vicioso que gera um efeito de claustrofobia, porque não se consegue sair do meta-texto, nada existe fora do mundo pequeno dos meios, entre as redacções e os blogues dos jornalistas, em que cada um se mede face aos outros como adolescentes na escola. E como a “classe” é pequena, as reputações voam como o vento, os empregos estão difíceis, o pack journalism, o jornalismo de rebanho é uma forma de situacionismo. O receio de ir contra o “consenso” da classe é muito, o resultado é um enorme empobrecimento do jornalismo político.»
José Pacheco Pereira, Abrupto
José Pacheco Pereira, Abrupto
2 comentários:
O que não deixa de ser irónico; o próprio Pacheco Pereira nunca aceitaria como fonte fidedigna qualquer coisa que saisse da lógica institucional que o próprio classifica como "pack journalism"; mas, longe da lógica umbiguista que o leva a assumir semelhante posição, existem outras coisas, sim. Gente que não segue as regras da "comunicação" para dizer o que quer. Mas lá está - a essas (e, se blogues não faltam, e nem todos estão "dentro" desse grupo que aparenta ir jantar fora todos os domingos, porque não ler alguns dos outros?) falta-lhes a credibilidade do "journalism": o não dizer asneiras, o escrever correctamente, o enunciar as fontes, confirmar a informação. Outros, para obterem essa credibilidade, pertencerem ao "pack", seguem a agenda; quem os censura? Tem muito que se lhe diga, essa frasezinha aí.
e tem razão.
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