17.3.09

BREVE MOMENTO DE LUCIDEZ

«Aconselharia o Governo, penso, a ouvir com atenção e a ponderar a indignação das pessoas, que vai crescer, não tenhamos ilusões (...). Não basta fazer uma viragem à esquerda no discurso político - que é, obviamente, importante e mesmo decisiva - para enfrentar a crise e a vencer. É preciso que o conhecimento da crise, nas suas causas e consequências, chegue às pessoas, aos trabalhadores desempregados, aos que estão desesperados com a falta de perspectivas e com os horizontes completamente fechados que se lhes apresentam e às suas famílias. Ouvi-los, repito, dar-lhes esperanças fundamentadas e mostrar-lhes como se lhes pode valer, a prazo.Se isso não ocorrer: mais diálogo, mais concertação social, mais ajudas concretas para tantos casos humanos dramáticos, tudo o resto que se diga ou faça - neste momento tão difícil - é completamente supérfluo e dispensável. Pondere-se nisto.» Escreve Mário Soares no DN. O resto não interessa. É mais do mesmo "socratismo" serôdio que atacou o dr. Soares depois das "presidenciais" em que o PS fingiu que o apoiou e umas "tiradas" internacionais por demais conhecidas. Não se pode ter tudo.

2 comentários:

joshua disse...

Este Soares petibundo faz-me lembrar Cícero, com perdão para o enorme pensador latino, ao contrário de este, incapaz das mais justas e necessárias 'Filípicas' contra o Marco António de serviço nesta Roma conturbada.

Há alguma coisa a esperar de este Marco António?! Serve de alguma coisa tentar instilar-lhe aviso, cuidado, temor, faculdades auditivas?!

Anónimo disse...

Quem é que terá escrito essa parte do artigo do dr. Soares?