Eduardo Dâmaso coloca o dedo na ferida quando pergunta "o que fazer ao Freeport". Como, presumo, os magistrados não costumam ser dados a subtilezas políticas com a derradeira excepção do dr. Cunha Rodrigues - sim, os magistrados "também" fazem política tal como a política faz magistrados, não vale a pena ter medo das palavras -, tudo se encaminha (à conta da tradicional "filigrana jurídica" de que fala o Eduardo e que costuma servir para tudo e para o seu contrário) no sentido de o processo morrer efectivamente na praia, no caso, no belíssimo estuário visto a partir de Alcochete. O tandem Pinto Monteiro/Cândida Almeida não esconde publicamente a atrapalhação cada vez que é confrontado com o assunto ou traz o assunto cá para fora em comentários avulsos e despropositados. Agora, parece, "estuda-se" (o verbo é meu porque o jornal fala em "pressões") a eventual prescrição. No fundo, o que é preciso é chegar às eleições com "isto" arquivado e não se fala mais nisso, não é verdade? Se "isto" não é um Portugal dos Pequeninos...
Adenda: «Tudo começa na justiça. Mas, saber isso, com a justiça que temos, é o mesmo que nada.»
Adenda: «Tudo começa na justiça. Mas, saber isso, com a justiça que temos, é o mesmo que nada.»
3 comentários:
A morte do Caso Freeport é certa. Só falta passar a certidão de óbito. Quem controla politicamente a Justiça, como não pode contraditar os factos que já são do domínio público, limita-se a dizer o que, para todos os efeitos conta: não há indiciados nem arguidos entre quaisquer elementos do Governo. Mas isto só acontece em países chulos, dos Mugabes e dos Chávez que detêm todas as coisas, inclusive as matérias e os actores da Justiça, num bolso pequeno das calças.
O povo da rua vive da memória de curto prazo e não tem desenvolvida a capacidade de somar 2+2, de relacionar conteúdos, de compreender como estão viciados todos os dados. Os facínoras triunfam sempre. Os espertos esgueiram-se como sempre fizerem, de passe falsário em passe falsário.
Resta a esperança da "pérfida Albion" fazer jus aos seus pergaminhos...
O que pensará disto o Presidente da República e que atitude terá que tomar para não ser considerado conivente com a situação?
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