Apanhei, já a meio, um debate entre o porta-voz excelentíssimo, o dr. Santos Silva, e o militante do PSD Morais Sarmento. Se Sócrates não se põe a pau, o referido excelentíssimo ainda lhe rouba o lugar. De certeza que o de secretário-geral, pelo menos, já lhe passou pela cabeça. Mas a sua fala (de certeza que Silva leu as "Regras para o parque humano", do Sloterdijk) - e o que de mais medonho ela representa - está descrita com crua limpidez neste post do Almocreve. «Pouco dado ao uso (ou aborrecimento) de explicar qualquer tipo de pensamento político ou ideológico sobre as medidas tomadas, nestes infaustos quatro anos de terror, o sr. Sócrates caiu no modismo herdado via Giddens (conhecido traficante da 3ª via). Mas, sem a gentileza do sábio "mestre", nunca aprendeu as suas regras, só os seus excessos. A questão do papel e peso do Estado, a reforma na Justiça, na Educação e na Saúde, nunca foram pensadas como parte integrante de um qualquer modelo desenvolvimentista, que se conheça. Apenas resultou num total fracasso, que a situação comatosa da justiça, da educação e da saúde confirma. A operacionalização das putativas reformas foram sempre erráticas, ou quanto muito à la carte. Ninguém as entendeu, mesmo se num primeiro momento obtiveram copiosos aplausos de todo o bloco central e um excelente apreço nos media. Por isso, ao fim destes quatro anos de decomposição do Estado Social, o país está exangue, de rastos e sem qualquer remédio. Mas não é o sr. Sócrates o derrotado. Somos todos nós.»
4 comentários:
O ministro(?) que humilhou em Cabo Verde a jornalista Dina Soares, mulher de António José Teixeira, director da SIC Notícias, está esta noite na SIC N a dizer tudo o que quer perante três totós figurantes, um deles, o general Leandro, que já tem idade para ter juízo. A isto chama-se domesticação, incluindo a do Teixeira, que continua a prestar bons serviços ao Governo e ao PS. O ministro ataca a oposição, mas esta não está lá para se defender. É a democracia do Teixeira. Pobre Dina!
Uma das razões do fracasso das sucessivas tentativas de reforma do "sistema", consiste neste próprio, bem instalado, inamovível e mais ferrenhamente conservador que os antigos egípcios. Sem um verdadeiro reordenamento territorial, uma drástica redução da AR e criação de uma segunda Câmara com representantes de instituições extra-partidárias ( e competentes), um novo sistema eleitoral, a abolição do desperdício e confusão que significam Supremos, PGR's e outras idiotias do estilo, não vamos a sítio algum. Já agora, Portugal nem precisa de qualquer Constituição escrita. Todas as leis deverão fazer parte da "constituição". Mas sabemos o que isto significa: o fim do regime tal como o conhecemos, isto é, da "república".
«A operacionalização das putativas reformas foi sempre errática, ou quanto muito à la carte. Ninguém as entendeu, mesmo se num primeiro momento obtiveram copiosos aplausos de todo o bloco central e um excelente apreço nos media.» - epitáfio perfeito de esse logro completo chamado socratismo: quatro anos de terror cívico e desmancho às cegas, psicologicamente sentidos por nós como se fossem quarenta.
Só não percebo é como o PR consegue manter-se impávido e sereno a observar.Às vezes diz que está "atento"...
Atento?
A quê?
É que com tanta BORRADA à sua volta,especialmente a receber conselhos dum qualquer dias loureiro(e de mais uns qtos do tal BPN - financiador de campanhas, ora legislativas, ora presidenciais ...a quem até oferecia instalações/offices luxuosas para instalar o/s candidato/s...)como é possível falar de CARA LEVANTADA,hein?
Oh,como as Instituições Portuguesas estão cheias de RABOS DE PALHA ... valha-nos DEUS ou, melhor dito,uma nova REVOLUÇÃO para devolver os VALORES PÁTRIOS aos PORTUGUESES e deitar ao mar - duma assentada - a já mui gorda/larga CORJA de LADRÕES que só se preocupam em fazer de PORTUGAL as suas próprias prateleiras douradas ou,melhor dito,os seus "private" poleiros da ganância!
Midarte.
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