Há dias a Sra. D. Margarida Moreira, da DREN, acusou outros de fazerem "surf político" à conta do contentor exclusivo para ciganos - deve ser uma "experiência pedagógica" destinada a preparar "novas oportunidades" - numa escola de Barcelos.«Dar à escola o benefício da dúvida» é dar o benefício da dúvida a alguém que, manifestamente, não tem nenhuma e, mais do que isso, nunca mereceria o benefício. A língua de pau é, aliás, a mesma. Quem diria.
5 comentários:
f. ensaia nessa posta alguma mordacidade «o henrique raposo e o rui ramos abriram um tasco novo.» e tal, mas sai-lhe frágil e sem impacto. Sente-se implicitamente ali uma voz: «Olha, f. vai ali defender a hipopotâmica Guida, coitada.» Ela vai. Mas faltam-lhe argumentos e o texto lambisgóia-lhe por ali empastelado e sensaborão: tísico de Razão, sarnento de Sabor. Portanto, nada mais que uma f.!
f. diz que "a coisa ficou crismada para a prosperidade."
Lá no sítio prosperidade seria a sorte grande.
Mas teve a terminação.
De posteridade.
Mas o novo cabelinho alourado da encantadora dona Margarida fica-lhe mesmo bem, carago!
Não aceito que no meu país possam ser dadas aulas em contentores, quer os alunos sejam brancos, pretos, ciganos ou de qualquer outro tipo.
As aulas devem ser dadas em instalações adequadas, com perfeitas condições de salubridade e outras que impeçam o desabrochar da fobia à escola. A escola deve atraír, não repelir.
Orientei a educação do meu filho, através dos exemplos dos pais e dos avisos e conselhos que lhes dávamos, no sentido de fazer dele um Homem.
E como conheço um pouquinho o ser humano, sempre tive o cuidado de o afastar de certo tipo de gente de maneiras de ser e de estar muito peculiares, que poderia prejudicar a educação que lhe queria dar.
De forma não ostensiva, sempre lhe evitei companhias inconvenientes.
Por princípio, nunca admitiria que o meu filho fosse metido numa aula onde só hovesse pretos ou ciganos.
Não considero isto racismo, pois apenas procurava afastar o meu filho de más influências sempre perniciosas para a educação que lhe queria dar.
O palavreado sobre o racismo já vem de longe. Recordo, a propósito, o que foi dito àcerca das famílias com posses para o fazer, que, durante a guerra 39/45 acolheram em suas casas crianças vindas de países do centro da Europa.
Nesses tempos, os paspalhos do racismo atacaram tais famílias acusando-as de estarem a receber crianças estrangeiras e não ligando às portuguesas, muitas delas a passar fome.
A razão é muito simples: as crianças estrangeiras em pouco poderiam afectar a educação dos filhos dessas famílias. Mas pense-se nos resultados que seriam obtidos se colocassem a conviver com os filhos crianças provenientes de ilhas ou bairos pobres ou de aldeias do interior.
Numa empresa onde trabalhei, um dos vogais do CA foi incumbido de preparar o acolhimento a dar a estudantes de engenharia de Coimbra e respectivos professores, na visita de estudo que iriam fazer a uma das centrais de produção de energia eléctrica.
Como estudantes e professores tivessem de almoçar nas instalações da empresa, foi posto o problema de utilização de salas separadas para os trabalhadores da empresa e para estudantes e professores. O dito vogal determinou que deviam estar todos na mesma sala, até para que os trabalhadores (serralheiros, carpinteiros, administrativos e outros) aprendessem com os estudantes e os pofessores como se estava a uma mesa.
Fiquei estarrecido quando me disseram da decisão que tinha sido tomada porque sabia, por conhecimento de outros casos, que a breve trecho os estudantes e os professores estariam a comer com as mãos e a deitar espinhas e ossos para o chão.
É do conhecimento de todos que não é a maçã podre, quando colocada no mesmo recipiente com outras sãs, que fica sã; são as sãs que ficam podres.
Procuro não esquecer isto.
Até entenderia o tal ensino separado (o contentor é um "fait divers", pois poderia ter condições mínimas) se a separação correspondesse a um "câmara de descompressão" que preparasse as etnias diferentes para uma integração progressiva nos mínimos que o nosso modelo de sociedade exige. Dá-me, porém, a impressão de que se tratou de uma medida meramente defensiva.
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