Segundo o Presidente da República, «o Tratado de Lisboa cria a possibilidade de sermos o jogador mais importante no mundo.» Julgo que Cavaco se refere à Europa o que revela uma crença despropositada nas suas "virtualidades" políticas e económicas justamente no momento em que ela está entregue a um punhado de "homens sem qualidades", "entalada" entre os EUA, a Rússia e a China para não ir mais longe. Infelizmente bem longe, aliás, do tempo em que Cavaco foi primeiro-ministro. Para além disso, manifesta um apoio irrealista a esse cadáver burocrático que é a "constituição europeia" travestida de "tratado de Lisboa". O artigo de Eduardo Lourenço no Público de segunda-feira - a que, pelos vistos, Cavaco não prestou a devida atenção - é , a este respeito, sintomático e sintético. «No novo contexto planetário a exemplaridade é muito relativa. Bem sabemos o que nos custou essa pretensão de sermos, como europeus, “a luz do mundo”. Chegou o tempo da modéstia, o que não é incompatível com a dignidade.» É apenas isto, Sr. Presidente, e nada mais.
4 comentários:
Que o Tratado de Lisboa é um cadáver adiado já todos percebemos. Mas o que nunca ninguém me soube dizer era onde se pretendia realmente chegar com esse tratado que, aliás, só retirava direitos a Portugal sem qualquer outra contrapartida visível, excepto o cartão de membro do Clube. Foi um exercício retórico-burocrático inócuo ou seria uma tentativa de oficializar o famigerado "Directório"?
politiqueiros vindos das berças babam-se fascinados pela europa
ou dependentes da esmolinha
radical livre
radical livre
porreiro, pá !
Foi mais um descarrilamento. No caso, até o PR. Já não percebo se é do estado das linhas, se do material circulante...
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