21.9.08

MUITO OBRIGADO


Aqui já fui apelidado de "salazarista". O Carlos, mais "liberal" (o liberalismo é aborrecido, como afirmava Carl Schmitt), diz que sou, "de longe", "o melhor bloguer que a direita conservadora tem por cá." Numa conversa com Salazar, a dada altura António Ferro fala-lhe em "homens raros" e pergunta-lhe: «não estará o Senhor Presidente nestas condições?» Salazar respondeu apenas: «Muito obrigado.»

8 comentários:

VANGUARDISTA disse...

O liberalismo não terá antes imanente a ideia e a praxis da libertinagem, económica e financeira ( veja-se esta semana em Wall Street e no resto do mundo) e social (consequências já visiveis nesta crise)?
Salazar jamais se transvestiu de liberal, ideia de que era figadal opositor.
O Estado Novo foi uma democracia orgânica cristã, sob a forma corporativa, não precisava de "transvestir-se" de liberal!

Anónimo disse...

Dei comigo a ouvir, na rtp-1, o Marcelo a descodificar as 'manobras' das engenharias financeiras que levaram à falência do banco, sito no outro lado do Atlântico, e a 'derrapagem' da companhia de seguros, também na USA.

Embora não seja ouvinte devoto do professor, por questões discordantes de temperamento e de opiniões pouco consistentes e duradouras, contudo, aprecio mais que o 'mestre' em análises comente as 'engenharias sanitárias' do Sócrates.

António Pereira disse...

Na mouche, caro João.
Covém é que o "Carlos, mais liberal", leia este seu post.

Cumprimentos

Anónimo disse...

São tão raros homens como ele que, depois do 25 A chegámos a eata miséria: os que menos crescemos na UE, a resvalar para os últimos, e a cavar um fosso abissal, despudorado, entre os rendimentos dos ricos e dos pobres.

Anónimo disse...

Efectivamente, S foi "Muito Obrigado" a ser raro, porque isto de "meter na ordem" patrões e empregados dá trabalho.

Pena é que tenha mantido estáticos e com pouca cultura e educação uns e outros.

Anónimo disse...

É verdade que os tempos eram outros. Aqui no meu pequeno concelho a Câmara nem uma viatura tinha e hoje tem mais de noventa. Há carros para todos: presidente, vereadores, a maioria dos funcionários, têm carro e combustível à conta do orçamento. A água subiu há pouco mais de 30% e a introdução da taxa de disponibilidade levou as despesas anexas para mais de 60%. Este regabofe tem que ser pago. Os meninos que vinham para a escola a pé, ou de burro, de mais de três quilómetros, agora vão todos de autocarro. Mas já não são tantos como noutro tempo. Dizia-se que Salazar, quando queria sair, pedia um motorista à Presidência da República já que não tinha motorista privado. É verdade que a pobreza está a aumentar, mas não falta quem vá bradando que estamos no melhor dos mundos. Falam por si.

Anónimo disse...

Eu não sou analista política nem tenho o dom da escrita nem vivi na ditadura dirigida pelo "raro" Salazar. Contudo, hoje tenho a liberdade de me sentir indignada e dizer essa indignação sempre que tentam branquear a imagem desses "raros" ditadores: não há bons ou maus ditadores, há ditadores apenas.E eu não os quero.

Isaac Baulot disse...

"o melhor bloguer que a direita conservadora tem por cá."

Eh pá!
Vindo de quem vem, eu puxava já da minha espada!