Até o mais luminoso ensaísta português vivo - a expressão "luminoso" é do Eduardo Prado Coelho, não vão os leitores pensar que fui acometido de um "momento António Guerreiro" -, Eduardo Lourenço, tem direito ao seu "momento trivia". Via Eduardo Pitta:
«O Equador, como dizia o Vergílio Ferreira a respeito do Mau Tempo no Canal, é um excelente romance do século XIX. É mais interessante do que as pessoas possam imaginar. É muito clássico, até muito queirosiano, a muitos títulos. Queirosiano e aquiliniano. É talvez — não sei se foi essa a intenção dele — o último romance do Império. Do nosso Império em chamas. E aquele final é um achado: pensar que nem o português, nem o inglês — que vem dar a lição do grande imperialismo contra o pequeno imperialismo — conseguem coisa nenhuma, mas que é o africano que leva o morceau. É ele que leva a musa.»
«O Equador, como dizia o Vergílio Ferreira a respeito do Mau Tempo no Canal, é um excelente romance do século XIX. É mais interessante do que as pessoas possam imaginar. É muito clássico, até muito queirosiano, a muitos títulos. Queirosiano e aquiliniano. É talvez — não sei se foi essa a intenção dele — o último romance do Império. Do nosso Império em chamas. E aquele final é um achado: pensar que nem o português, nem o inglês — que vem dar a lição do grande imperialismo contra o pequeno imperialismo — conseguem coisa nenhuma, mas que é o africano que leva o morceau. É ele que leva a musa.»
2 comentários:
Eu bem digo que viver em França não dá saúde a ninguém.
Ninguém acredita em mim e depois vê-se.
Toda a gente tem os seus momentos menos lúcidos.
Ao chamar "excelente romance", do séc. XIX ou de qualquer outro, a essa coisa em forma de livro com o título "Equador", Eduardo Lourenço esteve apenas num desses momentos.
Pela minha parte, está desculpado.
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