Segundo o Paulo Gorjão, tem faltado ao dr. Soares "parcimónia" - a qualidade do que é sóbrio, parco - nas suas aparições e nos seus comentários. Acontece que Soares, apesar de sobejamente conhecido, precisa de aparecer, "por dá cá aquela palha", não para "ouvir", como insinuam os cartazes, mas sobretudo para "se" ouvir e, naturalmente, para ser visto. Continua, nas tiradas para os repórteres, a tentar trazer Cavaco "à superfície". Perante a situação em França, Soares garantiu delicadamente que aquilo não é coisa para "economistas" e que ele, se o tumulto fosse cá, seria o homem certo, como "político", para acabar com ele. Soares, a propósito de tudo e de nada, fará a sua campanha contra a "economia" e pela "política", como já se percebeu. Até Paris serve de mote contra o "outro", por causa da "economia". Soares corre o risco de nos fatigar, fatigando-se. E de se repetir, repetindo-se em vão. É que até nas palavras é preciso ter um sentido de... economia.
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