2. Quanto à minha posição, simultaneamente de suporte a CS e de crítica à recandidatura de M. Soares, a quem, por duas vezes, apoiei, reproduzo parte de um post escrito em Setembro que sumariza, por agora, o essencial. O "regime", se não se regenerar, afunda-se, mais tarde ou mais cedo, nas suas trapalhadas e na sua venalidade. Restaurar, com sensatez, a sua autoridade, sem pôr em causa a "natureza das coisas", é a tarefa mais nobre do próximo PR. Não é preciso ser "presidencialista" para achar que não é com magistraturas "monárquico-republicanas", requentadas com discursatas redondas e vazias, que "isto" lá vai. Cavaco não virá para a "desforra", como se insinua maliciosamente, e o país sabe-o. Sócrates tem um mandato claro que o obriga a ser mais clarividente do que tem sido. Ninguém mais do que Cavaco Silva aprecia a "estabilidade" para que se possa fazer alguma coisa. Mário Soares apenas quer a "estabilidade" - a dele - para não mudar nada e para embaraçar Sócrates quando este não respeitar o "cânone". Cavaco deverá transmitir solitariamente aos portugueses quais as razões políticas que o fazem ser, agora e de longe, o concidadão que, na chefia do Estado, melhores condições possui para prestigiar a democracia e honrar, com decência e um módico de equilíbrio, as instituições. Para isso não precisa de uma "corte". Basta-lhe estar só, com Portugal.
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
24.10.05
PERGUNTAS E RESPOSTAS
2. Quanto à minha posição, simultaneamente de suporte a CS e de crítica à recandidatura de M. Soares, a quem, por duas vezes, apoiei, reproduzo parte de um post escrito em Setembro que sumariza, por agora, o essencial. O "regime", se não se regenerar, afunda-se, mais tarde ou mais cedo, nas suas trapalhadas e na sua venalidade. Restaurar, com sensatez, a sua autoridade, sem pôr em causa a "natureza das coisas", é a tarefa mais nobre do próximo PR. Não é preciso ser "presidencialista" para achar que não é com magistraturas "monárquico-republicanas", requentadas com discursatas redondas e vazias, que "isto" lá vai. Cavaco não virá para a "desforra", como se insinua maliciosamente, e o país sabe-o. Sócrates tem um mandato claro que o obriga a ser mais clarividente do que tem sido. Ninguém mais do que Cavaco Silva aprecia a "estabilidade" para que se possa fazer alguma coisa. Mário Soares apenas quer a "estabilidade" - a dele - para não mudar nada e para embaraçar Sócrates quando este não respeitar o "cânone". Cavaco deverá transmitir solitariamente aos portugueses quais as razões políticas que o fazem ser, agora e de longe, o concidadão que, na chefia do Estado, melhores condições possui para prestigiar a democracia e honrar, com decência e um módico de equilíbrio, as instituições. Para isso não precisa de uma "corte". Basta-lhe estar só, com Portugal.
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