20.10.05

LER

De Francisco José Viegas, "A Propaganda de Cavaco". "O medo de Cavaco gera monstros entre os traumatizados de várias origens. Se Cavaco Silva ganhar, eles sabem, interromper-se-á um ciclo político que manda conceber Belém como um centro de conspiração contra São Bento. O desejo de intervenção desse frentismo ainda não se manifestou, apenas porque os resultados eleitorais de Fevereiro são absolutamente sui generis: eles recolocaram o país na normalidade, recusando a deriva populista de Direita e castigando a mediocridade de um primeiro-ministro que devia ter saído de eleições e acabou por ser decidido em Belém. O aviso está nas entrelinhas desse discurso. E qualquer governo, mesmo o de Sócrates, sabe que terá mais hipóteses de prolongar a sua vida útil com um Cavaco que resistiu a "presidências abertas" do que com a "magistratura de influência" de Soares."

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