27.6.03

A FALTA

Quando ainda era politicamente imberbe e tinha acabado de aderir ao PSD, participei num jantar de homenagem ao então presidente do Governo Regional dos Açores, João Bosco Mota Amaral, na antiga FIL, num tempo em que havia "tendências" dentro da seita. Nessa altura mandava o saudoso Mota Pinto e preparava-se um congresso, no qual, se bem me lembro, Mota Amaral era apoiado por Balsemão, inclusivé para eventual candidato a Belém. Passaram estes anos todos, Balsemão tornou-se uma irrelevância política - mais tarde percebi que antes disso já o era - e Mota Amaral chegou, não a primeira, mas a segunda figura do Estado desde o ano passado. Recebi-o várias vezes no Teatro Nacional de São Carlos, de que é assíduo frequentador, mesmo antes de exercer as funções de Presidente da AR. É um homem amável, educado e com sentido da coisa pública. Por estes dias, decidiu que os deputados que foram a Sevilha assistir a uma final qualquer de futebol em que participava o FCP do Sr. Pinto da Costa, deveriam ter falta injustificada. Muito bem feito. Apesar de sabermos que a Pátria se confunde praticamente com futebol, e, este ano em particular, com o FCP, nada justifica esta saloia excursão de deputados, para aí uns 50, a que também se associaram o PM e o PR.Há dias fui a Espanha ver ópera, e meti dois honestos dias de férias. Para estas coisas, o "centrão" PSD/PS, seguramente com "o bracinho direito de Portugal" a ajudar, já está a funcionar,contra a posição de Mota Amaral. Não ceda, só lhe fica bem.

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