4.11.11

METER NOJO

O socialista grego Papandreou é, afinal, apenas mais um farsante. Numa entrevista à CBS sugeriu que estava "a reinar" quando lhe ocorreu o referendo que tantos delíquios provocou nos mais crédulos. Bem andou a D. Dilma quando, de visita à irrelevante cimeira dos G20, disse com a maior das naturalidades que não tencionava investir um real no FEEF, o fictício "fundo europeu" - que pouco passou do papel e da retórica exibidos no já remoto conselho europeu de 21 de Julho -, uma vez que nem os próprios europeus acreditavam nele. É a vexames destes que a Europa está sujeita enquanto decorrerem os números circenses a que se tem assistido de Atenas a Bruxelas, passando por Cannes, Berlim e Paris. Tudo isto mete nojo.

3 comentários:

Bmonteiro disse...

Não serão os últimos dias de Pompeia,
mas devemos andar lá perto.
Que fazer?

Nuno Castelo-Branco disse...

Aqui está o Plano B que há muito devia estar em prática e que só agora e talvez tarde demais, alguns pretendem estudar.
É por isso mesmo que vejo com agrado estas viagens de PPC e PP para outras paragens não europeias e tagaraledoras de português. O país deveria interessar-se mais pelo antigo espaço de influência, o ex-Ultramar (Brasil incluído). É uma história velha mas nem por isso menos verdadeira e promissora. 1% é o número com que deparamos quando tentamos descobrir a percentagem do nosso comércio com as antigas províncias ultramarinas. O Brasil contabiliza uns "fabulosos" 2%!
O ruminante sr. Vasco Lourenço devia meditar neste "grande sucesso" revolucionário, juntando-o a tantos outros. De facto, a brincadeira colocou-nos completamente nas mãos daquilo que a "outra senhora" tentou impedir a todo o custo: os interesses do capital internacional e a consequente perda de qualquer resquício de soberania.

Anónimo disse...

A Democracia (!) e a nobre-e-soberana Palavra do povo grego - que devidamente mugida em referendo deveria 'determinar' coisas superiores e destinos heróicos - não foram afinal necessárias. Apenas serviram de reles instrumentos, manobrados como espantalhos por Papandreou com mais ou menos certeza, maior ou menor perícia, pouca ou muita inteligência. George, afinal, apenas se comportou como um político comum - e de objectivos de curto prazo. A outros mais informados (especialmente aos gregos, que o conhecem bem) ficará a tarefa de aferir até que ponto tudo isto foi apenas um episódio cujo controlo foi perdido ou uma estratégia sábia que deu frutos. Acho que ninguém sabe ou saberá completamente. Papandreou - neste transe edificante do 'referendo' - parece-me exactamente como Manoel de Oliveira a realizar: a obra final aparece filmada e montada - mas o autor não sabe bem porque filmou assim ou assado, porque iluminou desta ou daquela maneira: apenas tem um resultado final que os indefectíveis admiradores julgam genial, completamente deliberada e pensada, mas que é muito fruto do acaso. A lição a tirar aqui é bem mais vulgar e pobre: Papandreou não devia ter tido a maravilhosa ideia do referendo, não sabia a quantas andava, estava pressionado, teve medos vários; e se jogou uma cartada alta, ela foi desastrosa para todo o mundo económico-financeiro e o seu "bluff" genial-democrático apenas enganou cândidas alminhas como os eurodeputados da extrema-esquerda e da esquerda-comentadeira-ociosa - que anseiam constantemente por caos nas ruas e desastres de tesouraria. E a coisa não acabou: de medida em medida, de reforma em reforma, de orçamento em orçamento a "democracia" grega reserva-nos um futuro fértil em conflitos parlamentares, intrigas partidárias e votações a propósito de tudo e de nada. Quando tudo corria bem e não havia crise, não éramos brindados com este diário e triste espectáculo; e a Europa não expunha de forma tão impudente a mediocridade dos seus putativos líderes. Estamos fartos de todos estes 'agentes' - gastos e de 2ª categoria.

Ass.: Besta Imunda