4.9.11

QUANDO SE CHEGA ONDE NÓS CHEGÁMOS


«Se preferirem uma linguagem mais doce, impedir que Portugal continue a viver acima dos seus meios. Não vale a pena argumentar com a maldade do mundo e da banca internacional ou vociferar contra a indiferença da sr.ª Merkel e da direita que domina a Europa. Este foi o destino que muito alegremente escolhemos. E não temos nem a importância, nem a força que nos dê direito à caridade alheia. Concordo que se trata de um caso lamentável e triste. Mas, quando se chega onde nós chegámos, não há saída senão aguentar. Com a fraca consolação de que já aguentámos pior

Vasco Pulido Valente, Público

6 comentários:

Alexandre Carvalho da Silveira disse...

Vasco Pulido Valente, está a fazer grandes progressos. Mas o Medina Carreira, e outros, já dizem isto há muito tempo. E infelizmente para nós todos, a procissão ainda vai no adro.

tric disse...

"Com a fraca consolação de que já aguentámos pior."

quando é que nós aguentamos pior!!?? o Projecto Europeu traduziu-se na venda, melhor dizendo, no saque das nossas melhores empresas aos "guias espirituais" desse magnanimo projecto...

Cáustico disse...

Num livro que estou a ler, encontro, escrito por uma socióloga: "Esta ideia da casa portuguesa que o regime (refere-se naturalmente ao Estado Novo) se empenhara em divulgar, uma casa humilde, mas imaculadamente limpa, esta era afinal uma ficção recriada a partir de uma visão idílica (naturalmente de Salazar) da vida campestre.
A visão de Salazar poderia ser idílica, mas era a visão de um homem que conhecia bem o país e as suas gentes, que tinha a noção exacta das suas limitadas possibilidades, que sabia bem que não se pode comer faisão quando o dinheiro que se ganha honestamente mal dá para broa.
Infelizmente os seus detractores queriam faisão e foi esse querer que fomentou a dívida astronómica que temos de pagar.

JSP disse...

Evidentemente.
Mas convinha que, por uma questão de higiene e daquilo que o termo inglês "retribution" contém, que alguém fosse preso.
Sempre dava outra seriedade á coisa...

Anónimo disse...

Durante estes anos, não se achava estranho que um sítio onde quase nada se produz, cheio de malta quase analfabeta, cavalgasse um "choque tecnológico"... A propósito, que é feitos dos bimbalhães e da empresa de sucesso que os produz?

PC

eirinhas disse...

Está tudo a enferrujar e os seus autores também à espera de limpeza.