A 48 horas da posse de Cavaco para um segundo mandato, regressa o velho ódio "politológico" contra o Chefe de Estado. Quem lesse, por exemplo, Adelino Maltez, sem saber da "estima" que o ilustre professor e politólogo nutre pelo homem, poderia pensar que, em Belém, está sentado um inconsciente irresponsável que ignora ostensivamente a realidade nacional e internacional. Todavia, se esse alguém se der ao trabalho de ler o post até ao fim, e cruzar um ou dois parágrafos, facilmente constatará que a "pato-logia" (do "pato" do título do post e não outra coisa qualquer) provém mais do enunciado do que daquilo que o enunciado pretende transmitir. Se eu escrever, de trás para diante e de diante para trás, que «o presidente, em Portugal, apenas tem poder de afinamento estratégico, mas desde que desenvolva a criatividade típica dos indisciplinadores colectivos que tenham a sabedoria da racionalidade complexa e apostem na aventura da refundação da pátria e dêem voz à tradicional engenharia dos sonhos» ou que «falta a sabedoria da racionalidade complexa, aquela que mistura a honra com a inteligência, o racionalismo finalístico dos bons economistas e da razão de Estado, os que sabem navegar nos cenários bem demarcados do planeamentismo, com o racionalismo axiológico da moral de convicção», fico mais "pato-lógico" ou menos "pato-lógico"?
10 comentários:
CALHAUS E MALTEZES
É facto que Cavaco assistiu, sem grande ondulação, como as espécies ovinas, cabrinas, maltezes e outras rezes, ao desvario de Sócrates, armado em statesman do freeport...
É facto que ainda há menos de dois anos este rebanho reiterou ao copain de kadhafi uma maioria relativa.
Também é verdade que ainda hoje não temos sondagens de indignação e repulsa: ficam-se por mera incomodação...
As elites que vai havendo, isto é, gente que nunca tirou as castanhas do lume engajando-se, tem um desprezo, umas vezes contido, outras fervente, por Cavaco.
Ele é um Homem frio, determinado, organizado, consequente, insugestionável, estudioso, nada parvo, e isso é uma chatice para as nossas elites; uma parte dela, muito pseudo, dá palpites pelos ecrans, pouco informada e pouco sagaz; outra que anda no quentinho, pelas academias revendo os clássicos, sempre a fazer input e com pouquissimo output que se veja, aplicado à realidade; para o empresariado, dos saraivas e correlativos que até se dispõem a assinar compromissos com o PM, apenas para fazer "marketing" (sic), Cavaco, para esta gente, é um gajo, que numa aldeia como a nossa se fecha, ouve, mas não liga nenhuma à criatividade destes "ilustres" e segue em frente. Ora a verdade é que esta gente gosta do poder, mas nos corredores: estar lá sem estar, dispor sem ser, ganhar sem se mostrar. Para estes fabianos, um gajo lamentável este Cavaco.
Também é uma realidade que o mesmo Povo que tolera um artista como Sócrates, corrige e vota em Cavaco, para equilibrar.
Presidir um país de equilibristas, de maltezes e várias rezes, é o cabo dos trabalhos.
Cavaco saberá de tudo isto, e também que o tempo não é inesgotável;
Mas confundir esta centralidade de poder miserávelmente gerida por um pesadelo governativo, com a limitação belenense/constitucional, é beneficiar o infractor.
E o infractor é um calhau com olhos, mal azado.
Há maltezes que sem gostarem de calhaus, admite-se, ajudam calhaus, por omissão ou distracção.
ainda não percebi estes 'inteligentes' (prefiro os das corridas de touros).
por vezes confundem posse com pose.
alguns são verdadeiros sócio-'patas' porque caminham com elas e como elas (com moelas)
«-posso dizer o que eu acho?»
Ininteligível...
Esses nacos de prosa não desmerecem das prestações televisivas do autor.
Uma verdadeira desgraça, em suma.
Tanto melhor para o alvo da "estima" do dito cujo, não?
Para que serve isto agora? O governo ainda pode cair, agora esse...Gostem ou não gostem do homem vão levar com ele durante mais quatro anos, por isso o melhor é habituarem-se.
oh jg podes usar a mesma ilustração mas ao alto, e intitular de coelho-logia. Se é que se pode falar de lógica...
Bem, tomem nota que só digo isto e uma única vez: o Maltês é o Moisés Espírito Santo das ciências políticas. Sem tirar nem pôr.
COM A EXCEPÇÃO DE CORTO MALTESE É SEMPRE BOM DESCONFIAR DOS MALTESES,ESPECIALMENTE DOS COZINHEIROS MALTESES QUE ANDAM DE AVENTAL NAS COZINHAS DO REGIME.
Se disser isso acerta em cheio, pelo menos ninguém se atreverá a desdizê-lo e, em qualquer circunstância pode lembrar que sempre teve razão :)
Entre o Maltês e o Manuel Machadês não vislumbro grande diferença...
Você é que me saiu um grande patinho, seu maroto.
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