5.10.10

CRETINICE COMEMORADEIRA


Por que é que não se há-de comemorar o "28 de Maio" que, à semelhança do "5 de Outubro", implantou uma ditadura? Ou outra porcaria qualquer? Ou o contrário? Ou os croquetes do D. Duarte? Em Loures apareceu o candidato presidencial do BE e do PS a dizer umas parvoíces ao mesmo tempo que uns totós, de uma janela, fingiam implantar a república e o "povo", cá em baixo, nesciamente aplaudia. Daqui a pouco a coisa repete-se, em Lisboa, com o Estado democrático em peso vergado ao sinistro fantasma de Afonso Costa. E tudo isto para nada. Porque não há rigorosamente nada para comemorar.

13 comentários:

Anónimo disse...

Ahahaha!
Mordaz,mas acertado!
Ahahaha!

Garganta Funda... disse...

Pela ilustração avisto toda a nomenklatura republicana, laica e sucialista, ávida para mamar nas tetas desta República a caminho da falência.

Isso!

Comemorar, o quê?

100 anos de revoltas, insurrecções, golpes, assassinatros, roubos, desfalques, ditaduras, guerras, fome, emigração, estado sucial?

E porventura acabaram os privilégios «nobiliárquicos»?

Será que ninguém vê o Paxá Soares, o Visconde Cenoura e todo um baronato bem nutrido com o endividamento da República?

Estas «comemorações» são um verdadeiro pagode chinês!

O coitado do D.Duarte nem sequer precisa de fazer má propaganda a este regime pôdre e corrupto, pois os seus estultos protagonistas fazem isto muito melhor do que ele...

Bartolomeu disse...

O carisma de um 28 de Maio, na formação do estado moderno português, entre os destacados sistemas de gestão administrativa disto aqui, de facto mereceria menção mas não sem antes de se assinalar orgulhosamente o ignorado 25 de Julho de 1139, a tradicional data da fundação do reino e da nação portuguesa. Sem isto, nada vale a pena!

Nuno Castelo-Branco disse...

Não te rales, porque bem vistas as coisas, as "comemorações" ficam-se pelo programa da Dª Campos Ferreira, com o prós e prós dos do costume. Esses mesmo, os conhecidos comensais da hora do telejornal. É que neste país, existem aqueles que se sentam à mesa do orçamento e os outros, aqueles que ficam a ver e a compor o quadro.

Quanto a Loures, será que eles ainda não perceberam que a tal proclamação foi feita por uma meia dúzia de tipos que assaltou a Câmara Municipal? E pensar que esta gente ficou muito abespinhada por causa dos do 31 da Armada e do hastear da bandeira portuguesa... Mas ainda bem que glorificam os métodos costistas, pois pode ser que venham prová-los um dia destes. Veremos se gostam. Enquanto isso, aproveitemos para falar e já agora, visitem a exposição sobre a repressão à imprensa, patente no Palácio da Independência (Rossio). Hoje, o José Manuel Fernandes disse umas verdades.

* A propósito, vou comer uns croquetes a Guimarães e aproveito para conhecer a terra. Sempre mudo de ares, caramba!

floribundus disse...

alguém disse que o
centenário da república era
Manuel de Oliveira

Alves Pimenta disse...

O pateta Alegre, como muito bem lhe chamava a saudosa Vera Lagoa, lançou o veneno habitual sobre o Presidente da República, agora porque este ainda não se pronunciou sobre o processo de revisão constitucional do PSD. Claro que, se Cavaco já tivesse falado da coisa, o bardo das dúzias acusá-lo-ia de o ter feito.
Entretanto, já fez saber que hoje, 5 de Outubro, não apareceria em público. Deve estar em retiro espiritual no monte alentejano, a limpar a espingarda para a caça dominical com os amigos da "direita" reaccionária...
De patacoada em patacoada até ao enterro final, parece ser o lema do vate, a quem ninguém cala, excepto o Sócrates e o Louçã.
Eis a república de merda em todo o seu esplendor.

Anónimo disse...

Antes os croquetes de D. Duarte que pelo menos é um homem humilde e simpático.
E foi pena não haver sido escolhido Francisco Van Huden descendente da Família Real, Comando do Exército e ex-combatente em Moçambique, que não deita água a pintos nem é do estilo papa-croquetes...

Anónimo disse...

Caro Dr. João Gonçalves
Esta gente toda que comemora a implantação da república, tem vastos motivos para isso.
Ainda agora liguei as tvs, e não há uma única que não esteja a mostrar o ar de felicidade de toda a tralha política que nós infelizmente conhecemos.

Eles festejam porque sabem que enquanto as tetas da república não secarem, estarão sempre bem nutridos, terão as suas contas bancárias abastecidas, e continuarão a gozar o pagode.

Entretanto aqueles que lhes alimentam o ego com os seus (nossos) impostos, vão passando os maiores sacrifícios, mirrando e sem saber o que fazer para enfrentar o dia seguinte.

Resumindo, estas comemorações são absurdas e abusivas, e deviam sobretudo, envergonhar toda a classe política que nos tem levado para o precipício.

Cps
Scaramouche

Anónimo disse...

O que se comemora :

- «(...)O Ultimato Inglês iniciaria em Portugal um período de grande perturbação política e de contestação à Monarquia que iria conduzir à implantação da República em 1910. Não surpreende que o nível de vida dos portugueses se tivesse ressentido, caindo de 50% da média europeia em 1890 para 42% em 1910. Porém, o pior estava para vir.

Nos dezasseis anos que a República durou, o PIB per capita português, em percentagem da média europeia, caíu de 42% em 1910 para 32% em 1926 (com um mínimo de 23% em 1920), significando que o nível de vida do português médio era, ao findar a República, menos de um terço do nível de vida do europeu médio.

Desde que existem estatísticas económicas, não é possível encontrar um período na história de Portugal em que o país tenha empobrecido tão rapidamente e tenha descido tão fundo. O período da I República qualifica, em termos económicos, como o período mais negro da história moderna de Portugal e, muito provavelmente, como o período mais negro de toda a sua história (...)».

In «Portugal Contemporâneo»

joshua disse...

Estamos a celebrar o Triunfo dos Porcos, segundo George Orwell, mas aplicado a Regimes, meu caro, o que não é propriamente "nada".

Anónimo disse...

O cobarde que se suicidou, por julgar que a tentativa de implantação da república tinha falhado, dá hoje o nome a ruas em vários locais deste país. É isto que resta para comemorar: a nossa absoluta falta de juízo crítico como povo que aceita ser governado por quem quer que seja e que, inerte, engole tudo o que lhe é impingido.
Carlos F

Anónimo disse...

Mas a nossa(?) "classe política", tirando umas muito raras excepções (5 dedos chegam) tem alguma vergonha nas trombas?
Vergonha devia ter quem ainda se disponibiliza para os eleger!!!

Bandido disse...

Meu amigo João
Você está enganado. Há para comemorar sim. E quem tem de comemorar já lá anda nas comemorações. E o que eles comemoram?
O país de trouxas que somos, que permite que certa canalha por aí pulule, faça as trafulhices que quer e ainda fique impune...

Saudações Chaladas