Do leitor Rui Santos:
«Não é por nada,...., mas passei ainda há pouco pela Bolsa via BPI, e encontrei (não para minha grande surpresa) as acções do BCP abaixo dos 0,60, ou seja a 0,571 euros, queda de 4,51%.Como se tem vindo a escrever há dias (pelo menos desde o ano passado quanto à apetência por alguém o comprar - O BCP), a blogosfera apenas vislumbra 2 soluções:ou é nacionalizado;ou vai à falência. Suspeita-se igualmente que os comentários de hoje a cargo de Perez Metello na TVI devam referir que "devido à queda das acções do BPI, o preço da bica em Portugal vai igualmente baixar".Quanto ao BES, é de se ficar atento,... . "De facto, de manhã vão às compras,..., mas a CGD continua a ser a única opção". Aos mais desatentos apesar das nuvens negras, caso não seja nacionalizado suspeito de uma L.Brothers à portuguesa.»
A verdadeira "história" do BCP ainda um dia - distante, naturalmente - será contada. As transumâncias da administração da CGD para a administração do BCP não aconteceram por acaso. O reboliço em curso em todo o sistema bancário português não se deve apenas à "crise" como qualquer analfabeto simples já percebeu. Ao contrário do que o dr. Soares, na sua falsa santa ingenuidade, afirmou ontem à amiga Cunha e Sá, o PS há muito que deixou de ser um partido com "preocupações sociais". A menos que por "sociais" se entenda aquilo que é associado a outras coisas no Código Comercial. Desde pelo menos Pina Moura que o PS - e os seus aliados para os negócios no PSD, como o Mexia da EDP e outros que tais - tomou o gosto pela finança e, sobretudo, pela finança que envolve bons negócios e pelos bons negócios que envolvem a finança. Para isto é preciso poder político, ou seja, o domínio do Estado e da decisão pública. E bancos. Como diz a publicidade, "perto de si". Deles, naturalmente.
6 comentários:
Grande malha, João Gonçalves.
Quando se fizer a história do BCP, e será bom que seja feita quanto antes, convirá que se mostre, com toda a clareza e em português de Portugal, qual foi o papel do comendador e de outros como ele, e qual a acção que a CGD desempenhou na defesa dos "pobrezinhos".
Em Portugal, a Banca nunca foi tão submissa e permeável ao poder político nem este tão cheio de apetência pela Banca com mútuas e complexas formas de interdependência, contas de somar e sobretudo de subTrair. De repente os olhares que haviam pousado no caótico e irregular BCP de Jardim Gonçalves, passaram a pousar no escândalo do BPN e no colapso chique do BPP. O BCP saíu combalido e mal explicado da agenda mediática.
A promiscuidade dos negócios Banca-Política consumou-se debaixo das barbas insofridas da sociedade civil. As administrações bancárias favorecem os políticos que as favorecem com o aceno ou a recorrênica ao colchão inesgotável dos contribuintes, caso necessário.
Entretanto, que outra bomba sistémica se preparará para rebentar-nos na cara?
O poder político investiu milhões e milhões no assalto ao BCP; apoiou vários accionistas de referência nessa luta fraticida e colocou na gestão os seus boys de serviço.
Actualmente esse banco está nas lonas e já estou a ver que qualquer dia o Estado vai nacionalizar os respectivos prejuízos a débito dos contribuintes, enquanto os lucros já foram todos levantados pela nomenklatura politico-empresarial do regimen.
Com esta politica fiscal, financeira e económica Portugal tem a bancarrota ali ao fundo da curva...
O presidente da CGP vai ao Parlamento para, diz, explicar as vantagens que advieram para a Instituição em que mama, do negócio que fez comprando acções por um preço muito superior ao da cotação das mesmas em bolsa.
É absolutamente necessário que os meninos que o vão ouvir não se deixem levar por retórica habilidosa.
Disse já tal mamífero que havia três soluções para o problema e que foi escolhida a que melhor salvaguardava os interesses da CGD.
É bom que os meninos lhe parem a verborreia e o obriguem a explicar, preto no branco, cada uma dessas soluções. Que mandem às malvas o seu palavreado e o obriguem a explicar tudo com números e não com treta, porque esta só serve para obnubilar as mentes e esconder a verdade.
É com a comparação dos números de cada solução que os meninos e nós contribuintes poderemos ficar a saber qual era de facto a melhor solução.
Porque os números certos não enganam. como o algodão da publicidade do Sonasol.
Provàvelmente, os amigos´angolanos estão à espreita para darem mais uma ajudinha...
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