2.3.09

MORDER OS ISCOS

«Alguns jornalistas das TV deixaram-se enredar por esta superficialização do essencial e essencialização do superficial, quando morderam os iscos que o PS-Governo lhes lançou. Outro exemplo de excitação sem conteúdo: a perseguição de "personalidades" nas portas de entrada e saída (...). Para sair da Disneyland, os canais esforçaram-se por encontrar alguma coisa de diferente da kim-il-sungação do interior do pavilhão: vieram para o exterior, criando uma espécie de "congresso alternativo", em que ouviam militantes "normais", já sem a censura no interior. Ao fim de três dias, os principais jornalistas na TVI24 e SICN lamentavam que não se tivesse debatido o país e que o congresso só servisse para glorificar Sócrates. É pena que não tenham também dito que foram eles próprios, canais de TV, que proporcionaram esta publicidade da Disneyland em directo de Espinho.»

Eduardo Cintra Torres, Público

Nota: Um "isco" bem mordido foi a insistência no nome de Ferro Rodrigues para cabeça de lista às "europeias". Alguém experimente perguntar ao próprio se alguma vez foi "convidado"...

3 comentários:

Anónimo disse...

"... foram eles próprios, canais de TV, que proporcionaram esta publicidade..." Isso mesmo! Deixem de "dar trela" ao sokas e cia. Deixem esse pessoal a falar sozinho. E dêem-nos sossego.

PC

Anónimo disse...

Os jornalistas também ditaram eleições legislativas com dois resultados possíveis: um com e o outro sem maioria absoluta, do PS.

Anónimo disse...

"[os canais] vieram para o exterior, criando uma espécie de "congresso alternativo", em que ouviam militantes "normais", já sem a censura no interior."

Existe uma onda opinativa que afirma a falta de democracia existente dentro do PS. Esta fixa-se, por um lado, na percentagem da vitória de Sócrates e, por outro, num suposto medo sentido pelos militantes, nomeadamente com uma dita censura vivida no congresso.

Ora, a democracia não se caracteriza pelos resultados a que chega, mas sim pelo caminho que percorre para até eles chegar. Sócrates foi reeleito sem coerção, sem expulsões, sem exclusões, sem silenciamentos. Foi reeleito livremente.

Quanto ao clima de medo, este nao existe. Só tem medo quem não tem coragem política. O PS é pluralista, aberto, transparente e vive do debate. Como houve censura no Congresso se, lá, foram feitas críticas directas a Sócrates?