Esta entrevista do António Ribeiro Ferreira a António Costa também é elucidativa sobre o "estado" do PS. Costa - que conheci no MASP 1 - é aquilo a que se pode apelidar de "politicão". Mário Soares, em tempos e com a directa delicadeza que às vezes o assalta, chegou a dizer que, se não fosse por causa de uma pequena nuance, Costa daria um bom secretário-geral do PS. Aliás, sempre pensei que a saída do governo, onde tinha quase tanto poder como o admirável líder, se destinava a "guardar-se" para melhores ou piores tempos consoante a perspectiva. Sucede que, em Lisboa, Costa tem sido pouco mais que desastroso. Aparece sempre associado a más ideias e a piores realizações como esta última de fechar o Terreiro do Paço ou a de dar cabo da ligação ao rio por causa de interesses inconfessáveis (não dele, claro, mas a que ele acaba por dar cobertura política). Porventura por isso, Costa virou-se de novo para o partido e tem aparecido ultimamente como refém do chefe. Escreveu-lhe aquela moção nula, dá a cara por ele todas as semanas e com os argumentos mais primitivos na "quadratura do círculo" e, nesta entrevista, insiste, como um vulgar aparatchik ao nível (baixo) de um Santos Silva ou de um Lello, na "campanha negra". Julgará Costa que Sócrates alguma vez lhe agradecerá o frete? É claro que vai aparecer ao seu lado na campanha para Lisboa mas duvido que lhe sirva de muito. Costa hoje só me interessa como lisboeta e não como mais uma marioneta do chefe. E, como lisboeta, é como se a cadeira do presidente da Câmara estivesse vazia. Tão vazia como as trivialidades da propaganda transmitidas nesta entrevista. Irreconhecível, este Costa.
Foto: Pedro Catarino, CM.
Foto: Pedro Catarino, CM.
8 comentários:
Na Quadratura, com o sorriso alarvizado e o argumento rasteiro e parcialístico, procura colocar uma pedra tumular nas óbvias e intranquilizadoras implicações do chefe na questão Freeport.
Naturalmente, quando honesto no raciocínio sobre muitas coisas sem polémica, Costa é louvável e respeitável como uma pessoa normal sem Ego de Monta; simplesmente as munições de credibilidade e de respeitabilidade evaporam-se dele cada vez que procura proteger a figura do chefe e colar-se-lhe.
Quanto a Lisboa, parece-me que a Abstenção é que é o verdadeiro autarca da cidade pelo que de Costa não se sente coisa nenhuma. Aos costumes disse e vai dizendo nada.
E quem se lixa é Lisboa, como de costume.
Este costa é uma lástima. Não sei quem terá visto nesta besta, um futuro brilhante como líder político: Não tem carisma, o discurso é de uma pobreza franciscana e não tem capacidade de argumentação. Na "quadratura do circulo" não dá uma para a caixa e entretanto transformou-se num cão de fila do zézito, que rosna sempre que alguém põe a descoberto as vigarices do dito.
E chega esta merda a presidente de câmara.
Dizem que há uma polémica por causa do que disse o Lello (o do PS, não o dos malucos do riso) sobre o Alegre que, ao não comentar, não deve ter ficado triste.
O Sócrates, conhecido nas mais diversas artes, entre as quais a de conciliador, diz que o seu partido (penso que o PS) é como "referencial de unidade".
Assim sendo, não admira que ache e diga, com determinada convicção, que este "miserável" país de bêpêenes, de bêpêpês, de friportes, de roubos ao minuto e de imundice social, seja um lugar maravilhoso onde, graças ao empenho e esforço de mentes superiores que (des)governam, dá gosto viver.
Ainda uns furos acima daquele senhor do Zimbabwe, António Costa não sabe se o processo Freeport está a ser investigado, não conhece a carta rogatória, nem sabe se esta carta que não conhece é verdadeira. E transparece uma enorme vontade de encher os jornalistas de buracos. Estes sujeitos e sujeitas do PS já estão a meter nojo.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=57CD8178-BE4E-4FCA-A0BE-4CD5D542929F&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090
Esta menina, uma poetisa e jornalista desempregada do Primeiro de Janeiro, caiu nas graças da Sotora Manuela Júdice e vai disto fá-la assessora a 3.900 euros porque "é uma jovem com mestrado". Por cada buraco nas ruas de Lisboa não consertado por causa deste dinheiro perdido, um poema será escrito e lido por esta ninfa: há sempre compensações. O nosso Costa é que as sabe fazer (e não se pode dizer não à Sotora Júdice, pois não?)
Ele sabe que o chefe nunca lhe agradecerá. Também não está à espera disso. O que ele espera, isso sim , é que o Partido amanhã lhe agradeça.
Esta são as regres vigentes entre os APARATCHICKS
"Não sei quem terá visto nesta besta..."
"E chega esta merda a presidente de câmara."
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