«Só num país politicamente muito degradado
é que o equilíbrio dos poderes não é um
"assunto de grande importância",
e a sua modificação pela calada,
como neste caso, não causa preocupação.
Num tempo de incerteza, é ainda mais importante
ter certezas em relação às regras
e aos procedimentos ao mais alto nível político.»
é que o equilíbrio dos poderes não é um
"assunto de grande importância",
e a sua modificação pela calada,
como neste caso, não causa preocupação.
Num tempo de incerteza, é ainda mais importante
ter certezas em relação às regras
e aos procedimentos ao mais alto nível político.»
Rui Ramos
O sr. César, dos Açores, tem a mania que é subtil. E fala para as televisões com aquele ar inchado de quem é dono das ilhas. É-o, de facto. Todavia, não lhe convém - porque tem eleições à porta - explicar que não é o "estatuto" e a "autonomia" que estão directamente em causa. Ou o sr. César acha que o chefe de Estado se ia dar ao incómodo de falar ao país e de conceder uma entrevista a um jornal por causa da "ignóbil porcaria" aprovada pelo Parlamento e que chumbaria qualquer aluno médio de direito constitucional? Não, sr. César. O senhor, tal como as delegações insulares de todos os partidos, sabe perfeitamente que, a pretexto do "estatuto", está em causa a alteração dos poderes constitucionais do presidente através de um instrumento legal inadequado. O "estatuto" do Sr. César, recorde-se, possuía oito inconstitucionalidades e mais dois ou três disparates pseudo-autonómicos. Deixaram-nos ficar para ver se passavam. Foi aprovado por unanimidade. Não se esqueçam. Unanimidade. Se fosse o "estatuto" do Jardim, o que é que não diriam. Se querem retirar poderes ao PR - como o regime (PS, PSD e CDS que me recorde) fez a Eanes em 1982/83 -, façam uma revisão constitucional. Isto é, sejam intelectualmente honestos e, juridicamente, menos burros. Assumam a coisa politicamente e não, como o sr. César, com arzinho de falsa virgem ofendida. Dá vontade de os mandar para onde o Chávez mandou os EUA. Assim como assim, é cumprimento de um amigo, não é verdade, sr. César?
15 comentários:
É inaceitável a chantagem que um órgão de soberania está a fazer a outro, isso sim é que deve ser realçado. Cada macaco no seu galho, como dizem os Brasileiros, as decisões tomam-se no momento oportuno não devem ser pré-anunciadas. Cada um que assuma as suas responsabilidades. É por estas e por outras que as sondagens dão uma queda abrupta da popularidade do Presidente da República. Embora haja alguns que pelas suas teorias estupidificantes, gostassem de ver o Povo em conformidade, esquecem que este, tem senso para discernir sobre as situações em concreto, não se deixando enganar.
Para onde teria o Glorioso camarada Chavez mandado o Só-cretino das muitas vezes em que estiveram a sós?E para onde teremos de mandar a ditadura russa?Outros grandes amigos do Só-cretino que de "tanto saber" só gosta de ditadores.Mulheres como Sarah Palin não são para ele.Gostam demais da defesa da Liberdade.
Será que o país vai estar sujeito
a mais uma tele-novela
ao invés de discutir os seus verdadeiros problemas?
Este aparente conflito em gestação
é uma finta ao regime democrático
Puma: onde é que está o regime democrático? Na sua cabeça?
A ditadura Socialista,de mansinho,à sucapa,a pretexto dos Açores, quer retirar poderes ao Presidente,sem revisão da Constituição,criando um precedente que lhes poderá ser bem útil no futuro.É também um teste para ver até que ponto este Presidente é "mole".O tiro saiu-lhes pela culatra.O homem é bem duro e o Só-cretino ou recua ou a frase do dia vai-lhe ser aplicada com sucesso.Aposto que vai recuar.O preço que pagaria por insistir seria é tão elevado que até o papagaio Vital,coisa de espanto!,já se manifestou contra qualquer teimosia do PS nesta matéria.
Ninguem ouviu o constitucionalista chamado pelo Crespo? O homem não tem razão? A aplicação da Constituição com todas as suas consequências não é suficiente?
«O sr. César...»
Já faltou à palavra por diversas vezes, quando disse não voltar a ser candidato à presidência do governo dos Açores e que ia pela última vez.
Mas que é isso, de ter palavra?
Mais um pequeno soba, senhor dos Açores.
Género do anterior,o frade João Bosco.
Nada a fazer?
Que fazer?
BM
Bom Post. Dos melhores esta semana ..tudo explicado como manda-a-lei. Os politicozitos querem dar-lhe contornos de "caso" com fins "eleitoralistas" que servem César e Brutus. É um paquetazo à Chavez em Terras Lusas.
Concordo inteiramente com o JoÃo. Apenas um reparo ao desigando Bravomovick: pelo menos o beato João Bosco, ao contrário do Jardim e do César saíu por decisão própria o que levou à vitória do César. Este, como jardim, diz que sai, mas vai ficando. Ao contrário do João Bosco cuja estatura política e moral nada tem a ver com os ditos cujos.
Os carrascos do povo semearam as mentiras, do costume, 'adubadas' com a mais ignóbil hipocrisia, atirando os remediados para o "palácio" dos pobres e miseráveis, deste país ; e, quase sempre - senão, sempre -, com o alheamento ou o 'olhar de lado' do presidente Cavaco.
Agora, o poder instituído, em São Bento e com as conhecidas 'ramificações cefalópodes', dirige as 'atenções' para Belém, não para orar ao Deus Menino, mas para 'absorver' competências de que necessita, para que o futuro se consolide num 'governar tranquilo para gente mansa e que se contenta com pouco' : algumas festas e distribuição de vinho, chouriço e febras e, também, folclore 'tipo' arraial, em campanhas eleitorais ou visitas de inaugurações.
'De pequenino se torce o pepino' e o presidente Cavaco há muito que devia ter 'levantado' a voz para quem trata com desmedida arrogância o povo, que alimenta os seus ordenados, as suas regalias, férias, etc., etc.
Penso que a recusa da perda de poderes, por parte do presidente, é um acto de independência e, também, penso que os 'senhores' do governo têm poder a mais : tanto como as asneiras, as contradições, os zig-zagues e, sobretudo, a 'desvergonha' de desmentirem o que disseram, passando um atestado de ignorância e burrice, ao tal povo que lhes paga os 'merecidos' (????) ordenados.
Pobre país e povo !
Realmente o autor do texto diz tudo.Enquanto houver nos Açores delegações insulares dos partidos portugueses (retrógados e corruptos) os Açores andarão sempre a pedir licença a Suas Excelências do Terreiro do Paço-
Este ataque concertado do "arraial" de S.Bento aos poderes do PR, que lhe suscitaram uma óbvia reacção, e a indignação de quem tem acerca "disto" uma réstea de esperança de que nem tudo ainda está perdido, deveria alertar a autoridade de Belém para outros poderes mais diluídos que vão corroendo a máquina institucional, mais miúdos, mas não menos importantes como factores de destruição. E é já tão visível a sua acção...
até o "imparcial" Vital concorda com o PR nesta matéria
A pesporrência do César dá que pensar. Vi-o na TV a falar em chantagem, referindo-se ao PR. E não lhe acontece nada? Já qualquer badameco pode, sem consequências, insultar o Chefe do Estado, eleito pela maioria dos portugueses?
A imbecilidade do César contagiou alguns comentadores deste post, designadamente dois que, nos respectivos blogs, se apresentam como especialistas em caça, um, e em apicultura, o outro. E se tratassem do que sabem (?) e se deixassem de debitar patacoadas?
O sr. Carlos César é um Chávez, mas nos Açores.
Devagar devagarinho vai calando e comprando os seus adversários e pessoas incómodas, com subsídios, contratando-os para a função pública, fazendo chantagem (ex. Cooperativas de lacticínios)...
E mesmo internamente no PS Açores, todos lhe são subservientes. Veja lá que o democrata César foi reeleito com 99% dos votos. Legítimo, claro, mas estas quase unanimidades são sempre suspeitas, ou não?
Este estatuto é a manifestação da arrogância de César. Ser ele a decretar o Estado de sítio ou Estado de emergência? Não é essa a competência exclusiva do PR?
Querer ser ouvido autonomamente em caso de dissolução da Assembleia, quando está, por inerência, no Conselho de Estado?
Enfim...
É pena que muito se fale de Jardim, quando nos Açores o PS e o Governo "controla, persegue e até demite"...
PS. Sou açoriano.
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