15.2.07

OS ENGRAÇADINHOS -2

Nem o Público resistiu à vulgaridade dos engraçadinhos - aliás, paga a alguns deles para isso - e lá colocou o homem na primeira página como o "pior português de sempre" naquela "eleição" circense desta semana. De resto, tem razão o Eduardo Pitta. "Optar por uma galeria de medíocres em obediência ao pluralismo, não leva a lado nenhum (para isso já temos a Assembleia da República). O progressivo descrédito da “opinião” radica nesse pecado original. O problema não são os militantes partidários — há três ou quatro que não deixam por isso de ser bons colunistas —, o problema é mesmo a incompetência. Eu não quero saber se fulano é “engraçado” e até é do Bloco. Ou se beltrano é sisudo e pertence ao comité central do PCP. Ou se sicrana é bonita e tem pedigree. A mim interessa-me ler. Mas para isso é preciso que haja texto."

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostava de saber o que é que levou os "bébés de Abril", aqueles que nem um dia conheceram do Estado Novo, a serem o que mais há de anti-Salazar em Portugal. Parece que se tornou mais importante o que se ouve dizer e só depois um olhar objectivo para os factos. Um pouco como o povo que insultou Carlos Cruz à porta do tribunal, autênticos case study da reflexologia russa.
Ou então pode ainda ser uma questão de estética. Porque ditador por ditadores, mais me parece que desagrada o penteado e o vestir de Salazar a muitos jovens que os métodos propriamente ditos. Valham as novas tendências da moda e as cada vez mais louvadas "brocas" ou "cogumelos" para rir e disfrutar o momento, assim sempre se mantêm as aparências em forma.

Anónimo disse...

Tem toda a razão!

Um Homem sempre tão bem arranjadinho e elegante, que fazia contas certinhas, verificadas com as Provas dos Noves e Real! Sempre!

E poupado! Morava num 13º andar a contar vindo do Céu (como diz a canção), guardando assim o Condominio fechado que eram os restantes andares.

E que eficente, qual zeloso porteiro, em enxutar os indigentes para longue, com os seus fieis amigos entroncados e inquisidores.
Mas tudo boa gente!

Graça a eles tratava toda a gente pelo nome, enquanto aos cumprimentava sempre com chapéu na mão, e inquiria pela restante família e hábitios e fraquezas particulares.


Também não perdeu tempo, com o outro ditador, o Marquês de Pombal, a tentar civilizar os Nobres!
O Real Colégio dos Nobres, só serviu para gastar dinheiro, dado estes serem naturalmente educados, conforme ainda hoje se vê.

E também, para se não perder tempo com leituras, ao contrário do outro, re-introduziu a Real Mesa Censória, e muito mais fez, que só mal agradecidos não reconhecem.