12.2.07

CONTRA A FANTASIA


De um amigo de muitos anos feito, um e-mail que merece um post. Eu sei perfeitamente que Marcelo fez o que pôde pelo sucesso do "não". O problema não é esse. É tê-lo feito à sua maneira, uma maneira que, a dado passo, dava a volta a si mesma. De resto, amigos como dantes, quartel-general em Abrantes. Agora, existe uma outra "luta" que continua. Contra a fantasia. E aí, acho que estamos todos juntos.

"És mto injusto com o MRS, que se bateu com coragem pelo não. Podes pôr em questão a forma como o fez. Mas surpreende-me que, numa floresta de silêncios, de transigências, de cumplicidades calculistas e oportunistas, vás bater num gajo que deu a cara e palmilhou km's para defender, como soube e como achou que pôde, aquilo em que acreditava. Que o Pacheco Pereira, adepto do sim, o faça - ele que não disse uma palavra sobre a crueza feroz das intervenções do Rui Rio, p. ex. - percebo. Está condizer com a sua inteligência e, sobretudo, com a sua formação ideológica-político-cultural. Que tu o faças, surpreende-me e entristece-me. A derrota do não não é culpa do MRS. A derrota do não é culpa dos inteligentes que, sob o patrocínio do actual Patriarca, destruíram a TVI (no tempo em que esta sigla designava a Televisão da Igreja) para serem muito apreciados pelos laicos, republicanos e socialistas deste mundo. Ou dos conservadores, dos liberais ou dos social-democratas que, entre nós, têm tido responsailidades no domínio da educação, da cultura e da comunicação. Os que subsidiam generosamente as Barracas ou as Cornucópias deste mundo, os que colocam na RTP as direcções de informação e programas que agora lá estão, a contratar gatos fedorentos, etc., etc."

2 comentários:

Anónimo disse...

«Ensinai aos vossos filhos o trabalho, ensinai às vossas filhas a modéstia, ensinai a todos a virtude da economia. E se não poderdes fazer deles santos, fazei ao menos deles cristãos»


[António Salazar, na Conferência realizada no Funchal, em 1925, sob o tema «O Bolchevismo e a Congregação», a convite do Centro Católico daquela cidade.]

Anónimo disse...

Como vocês se enganam a si próprios, discutindo o sexo dos anjos. Não houve uma derrota do não por culpa de algum(uns) adepto(s) do não. O que houve foi uma vitória do sim, porque mais portugueses foram sensíveis e responderam afirmativamente aos argumentos do sim do que aos argumentos do não. É tão simples, que só quem complica não percebe.
:),
Filipa