1.1.09

A VIDA NOVA

O Presidente da República promulgou a legislação sobre a avaliação dos professores. Não fez nem mais nem menos do que tinha feito em relação a legislação semelhante para toda a função pública, com a tradicional excepção das magistraturas do MP e judicial. Aliás, entra hoje em vigor o "bolo" da alegada "reforma da administração pública" efectuada por este governo, desde o novo regime de avaliação (SIADAP) ao "estatuto disciplinar", passando pelo novo regime do "contrato de trabalho em funções públicas" que determina, para a maior parte dos funcionários públicos, a cessação do vínculo laboral por nomeação definitiva. Ouviram alguém tugir ou mugir por causa desta pequena "revolução"? Cavaco já a tinha promulgado há muito tal como promulgou agora a avaliação dos professores (inspirada no SIADAP "geral"), apesar do ruído, de Maria de Lurdes e do sr. Nogueira. É a vida. Nova.

Adenda: A este propósito, ler estes "desabafos" da Maria Teresa Mónica.

6 comentários:

Anónimo disse...

O que quer dizer que muito poucas hipóteses tem o PSD de voltar a cavalgar o cavalo do poder.
Avaliação com comissários políticos na cadeia hierarquica da administração pública e vamos ver nos professores?
Uma imensa maioria de esquerda...

joshua disse...

Por cá só se acorda após factos consumados nos gabinetes rebaixatórios do cidadão. Ali gizam-se pseudo-reformas, se se pode chamar reforma a uma nova forma de fragilizar a posição dos mais frágeis e mais precários enquanto em tudo se consolida o posicionamento absoluto do comissariado político.

Cavaco faz parte do Sistema que possibilita Sócrates e a sua licenciatura, que possibilitou Oliveira e Costa, que possibilita Dias Loureiro, BPN, BPP e o meu desemprego prolongado, desmobilização anímica ou mais que certa emigração.

Abraço
joshua

Anónimo disse...

a obstinação do pm vai conduzir à via crucis o que
resta de portugal:
miséria
fome
desorganização social
manifestações
provavelmente distúrbios
finis sine gloria

radical livre

alebana disse...

O que sinto relativamente a este post…

A 1ª letra maiúscula de cada frase é a palavra-chave!
Continuaremos a NOSSA LUTA COM TODA A DIGNIDADE!

R einar para agradar os amigos
E ncher folhas com assinaturas
V irar a cara ao que não convém
O lhar apenas para os Açores.
L amentavel atitude!
U nidos continuaremos
Ç orajosos até mais não!
à “prenda” do nosso PR tenta
O cultar a NOSSA RAZÃO!

Anónimo disse...

É a vida? Que se dane Cavaco. Para mim morreu depois de promulgar o Acordo Ortográfico. Aliás, já estava morto, pois já o subscrevera há muito. Isto de ter engenheiros e economistas a mandar na Pátria, dá nestas coisas.

Jorge Carreira Maia disse...

O curioso no meio de toda esta trapalhada da educação é que ninguém discutiu o papel do ensino e, concomitantemente, dos professores. Não me refiro ao papel de transmissão de conhecimentos (embora esse também precise de ser reforçado), mas ao papel político dentro daquilo que se convencionou chamar estado-nação.

A discussão política crucial não é se os professores devem ou não ser avaliados, mas se as medidas educativas deste governo visam reforçar a coesão do estado e da comunidade política ou, pelo contrário, se visam desarticular esse mesmo estado e dilacerar a consciência nacional que o ensino deveria, na minha óptica, promover e consolidar nas novas gerações.

Eu sei que não está na moda falar assim da educação, mas desde a Grécia clássica que o pensamento sobre educação está ligado ao problema da sobrevivência da comunidade política. Pena é que Cavaco não se tenha, neste aspecto, distinguido do arrivismo que por aí pulula.