8.1.09

ERA UMA VEZ UM DEPUTADO CRAVINHO...


Esta coisa de deixar o bando autárquico à solta nas "compras", sem concurso e em ano eleitoral, permitindo que recorra à figura do ajuste directo para "obra" até cinco milhões de euros, aumentando mais de trinta vezes o limite anterior de 150 mil euros, só serve para fomentar a corrupção. É, entre outros propósitos "patrióticos", para isto que a "esquerda moderna" vai pedir outra maioria absoluta ao manso rebanho nacional?

14 comentários:

Anónimo disse...

"Un vocabulaire captieux ne doit pas donner le change. Il y a sous les mots un sens bien convenu qu'il ne faudrait pas altérer. Le nom de tradition ne veut pas dire la transmission de n'importe quoi. C'est la transmission du beau et du vrai. Le nom de révolution ne veut pas dire brusque changement quel qu'il soit. Il signifie quelque chose comme cela, et, de plus, autre chose: l'abaissement du supérieur par l'inférieur."

Charles Maurras, L'ordre et le désordre

joshua disse...

É!!!!!

É o País entregue à vérmina e à lógica de sarjeta corruptora e corrompível bem à medida de ASS [Augusto Santos Silva].

Anónimo disse...

Citando Medina Carreira:

"Tudo isto para mim é um nojo."

"Eu tenho o maior e mais progressivo desprezo por quase todos estes políticos."

Anónimo disse...

Não sejamos redutores: o ajuste directo é um convite nas autarquias locais e na administração central. As câmaras são apenas uma parte do problema. Talvez uma parte grande mas, ainda assim, uma parte.

caozito disse...

"Corrupção" ('corruption' em inglês técnico, tão do agrado do pm) não é uma disciplina que, com as novas tecnologias, se aprende nas escolas?

As "novas oportunidades" não contemplam 'aprendizagem' a título primário, médio ou superior?

Que bonito seria ouvir :- sou bacharel em corrupção, tenho o mestrado em corrupção, trabalho como secretária num escritório de corruptos, vou consultar um corrupto, etc., etc.. e ler notícias que "o desemprego não atinge (ainda bem!) os corruptos, cuja classe contribui para o controlo das contas públicas e o combate ao défice" ... que lindo seria !!!

Com a dinâmica aplicada ao progresso do país, é "muito estranho" que ainda não fosse oficializado o profissional da corrupção ; a primeira e grande vantagem de tão «nobre» profissão é que "alivia" o fundo de desemprego ... e a nós que deixamos de sustentar o organismo.

Anónimo disse...

a ditadura socialista vive da corrupção sem corruptos.
o impoluto e a impoluta são filhos da luta

radical livre

Anónimo disse...

O Cravinho está a comer no MERD,perdão,no BERD.Cada qual tem o preço que tem e cala-se com aquilo que come.Esperemos que não se esqueça do babete ou do avental quando come.Com o filho por exemplo.

Pedro Barbosa Pinto disse...

É fartar, vilanagem!

Anónimo disse...

Isto não é esquerda nem direita. É falta de ideologia, de escrúpulos, de rumo, de ética, de vergonha na cara...

Mas, segundo opinião generalizada dos comentadores do Sistema, o que interessa no perfil de um líder é a capacidade de ser políticamente correcto, de fazer discursos redondinhos, de parecer bem nas TV's, de responder enérgica e resolutamente sem responder às perguntas, de mentir com ar convicto, de (parecer) ter um rumo (sem o ter de facto) e, muito importante, dizer-se de esquerda e preocupado com os mais desfavorecidos e empenhado na manutenção do Estado Social porque (sendo nós todos uns coitados indigentes) temos que ter um Estado que olhe por nós.

É o tempo dos rascas bem parecidos, bem vestidos e bem falantes. Tenho a impressão que nem quando o Estado não tiver dinheiro para pagar aos seus funcionários, nem quando descermos ao nível da Albânia vamos "acordar".

Anónimo disse...

Este (des)Governo “socialista”, /
que vive na ilusão, /
é composto por gente narcisista /
e muita fraquinha na governação.

LUIS BARATA disse...

Tudo a coberto da chamada "agilização de procedimentos" que dá para tudo...
Um consellho: comprar acções da Mota-Engil, palpita-me que vai ser um ano em grande...

Nuno Castelo-Branco disse...

O período pré-eleitoral relativo às últimas autárquicas, teve como consequência um forte endividamento das Câmaras Municipais, onde a reeleição dos mandatos desde há muito é o objectivo primeiro. Sabemos que proliferam obras que se por vezes não são totalmente inúteis - as rotundas, por exemplo - podem neste momento difícil de obrigatória economia de recursos, esperar por melhores dias.

Existe uma relativamente bem fundamentada suspeita de interdependência entre o sector betoneiro e a política. Esta medida que pode à primeira vista parecer consentânea com a necessidade de dinamizar a economia nacional, será inevitavelmente atribuída à pressão dos interesses em jogo.

Num ano em que se realizarão eleições para a Loya Jirga nacional e suas correspondentes locais, este assunto dificilmente passará despercebido.

Anónimo disse...

De tanto bater nas autarquias, deixa-se passar o peixe graúdo!...
Até parece (neste caso como em muitos outros) que o principal beneficiário não é o autor da 'lei': o governo de Sócrates...

Anónimo disse...

A elite opinadora, que vive e pensa na capital do país e que acha que isso das autarquias é coisa de somenos importância, só demonstra a total e profunda ignorância sobre o sistema politico-partidario portugues.
Ainda um dia se ha-de revelar que a raiz de todo o mal, do patrocinato, da corrupção, do clientelismo, das jogadas nos corredores partidários, das redes de amizades e de todo o cancro que inquina a politica nacional reside precisamente no poder local e começa nas secções locais dos partidos, que decidem tudo, quem elege e quem pode ser eleito, quem come qual fatia de qual bolo e etc.
Abri os olhos, elites, e descei á terra, de onde nunca devieis ter saído.
O mal só começará a passar depois de se limitar grandemente o poder discricionario dos autarcas e a submissao da politica nacional aos interesses localizados de centenas, milhares de caciques, que são os primeiros comedores e distribuidores do grande caldeirão dos orçamentos - do legal e do subterrâneo (que é muito maior).