16.9.08

OS ANIMADORES


Os animadores da reserva natural de papagaios "descobriram" que Cavaco e Maria de Lurdes Rodrigues não "concordam" numa coisa. O PR defendeu o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano. Dias antes, a ministra teria afirmado justamente o contrário por causa de alegadas "dificuldades". Vai daí, os animadores de serviço "retiraram" imediatamente a ilação: outra "farpa" na "cooperação estratégica". Acontece que, no risível "dia do diploma", quando Sócrates se deslocou a uma das melhores escolas de Lisboa, a José Gomes Ferreira, afirmou precisamente o mesmo que Cavaco disse ontem na D. Dinis. O primeiro-ministro deseja - e bem- alargar a obrigatoriedade escolar até ao 12º ano. Ambos têm razão. Os animadores não.

3 comentários:

Anónimo disse...

zé chavez anda com ar pouco confiante. começa a ter dificuldade em acreditar no que diz

radical livre

Anónimo disse...

bem, parece-me que uma solução ainda melhor era tornar o ensino obrigatório até, digamos, ao nível duma Licenciatura de Bolonha, claro.

Assim como a assim, os repetentes e chumbadores continuam a ser os mesmos, sem as mesmas soluções de salvação da situação e sairem alegremente, para trabalhar e vadiar, do "ensino obrigatório", e com mais uns quantos progamas de graduação técnicos e de Simplex, todos serão mestrados portugas.

E as estatísticas de aproveitamento escolar e de licenciados melhora.

Porque, se quizessem fazer alguma coisa pelo Ensino:
- apostava-se e desenvolvia-se uma Rede Pré-Escolar, digna desse nome, para digamos, no máximo de 3 anos, se possa torna-la obrigatória;

- combatia-se as saídas do sistema actual, obrigatório até ao 9º ano, através de assistência social, chamada obrigatória da família à escola, etc.

- procurava-se programas alternativos efectivos para os chumbadores crónicos;

Mas claro que isso custa dinheiro, e lá se vai o PIB, e a Manela não sabe falar contra o PIB, nem para o casting, e o Sócrates agradece.

Anónimo disse...

No que respeita ao ensino, diz-se para aí que Portugal está atrasado um bom par de anos em relação a muitos países. Portugal vai mal e não é por ser rima que se afirma.
Nunca houve neste país uma política correcta de ensino e parece que se vai de mal a pior. Enquanto em muitos países o ensino melhora, em Portugal piora sempre.
Alguns comentadores neste blogue têm afirmado que não basta criticar, que é preciso apresentar soluções. Embora me pareça que esta linguagem é quase um exclusivo do socialismo de merda, afoito-me a dar a minha contribuição para a resolução de problema tão candente.
A má qualidade do nosso ensino e o atraso existente relativamente a outros países pode ser eliminado se se tomarem medidas correctas e firmes, tais como:
1. Obrigatoriedades das embaixadas portuguesas enviarem ao Ministério da Educação os programas dos vários graus de ensino dos países onde estiverem instaladas;
2. Constituição de comissões, com gente que trabalhe e não com calões, uma para cada grau de ensino e também para cada especialidade no ensino superior, com a missão de analisarem tais programas, análise que proporcionará os elementos indispensáveis à elaboração dos programas dos diversos graus de ensino em Portugal;
3. Estabelecidos os programas e após a sua aprovação pelo Ministério da Educação, para vigorarem durante 5 anos, pelo menos, abrir concursos para elaboração dos manuais escolares destinados a todos os graus do ensino;
4. Escolhidos e aprovados os manuais, abertura de concurso, entre as empresas da especialidade, para a feitura dos manuais que serão de utilização obrigatória em todos os graus de ensino durante o período estabelecido superiormente;
5. Estabelecimento de severa disciplina nas escolas, quer no que respeita ao comportamento dos alunos, quer no que toca à actuação dos professores, ao seu saber e aos métodos de ensino que adoptam. Os alunos recalcitrantes na indisciplina, mesmo filhos dum Presidente da República, serão retirados da escola e colocados em Centros de Trabalho e Recuperação. Os professores que mostrem não ter capacidade para ensinar serão instigados a sair do ensino e a trabalhar onde as suas qualidades e conhecimentos o permitam.
6. Criação de novas escolas com todos os requisitos necessários e remodelação das antigas para as adaptar às necessidades actuais.
7. Dotação de todas as escolas, seja qual for o grau de ensino, de todos os materiais e equipamentos indispensáveis a um ensino proveitoso;
Durante a vigência dos diversos programas, as várias comissões procederiam, com base em novos documentos recebidos das embaixadas à reformulação dos programas, sempre que haja motivo para tal.
Se tiverem de ser estabelecidos novos programas, desencadear-se-á sempre um processo idêntico ao que se verificou para os primeiros.