14.9.03

ISTO

Estive a pôr parte da leitura de jornais em dia. Ao longe, chegava-me o vozeirão épico do nosso estimado Dr. Portas, em directo, em comício de "reentrada". Estranho desígnio este, o dele, que nunca chegou verdadeiramente a sair... Estava muito contente com a subida a secretária de Estado de uma sua amiga e ex-secretária dele no Caldas. Pediu palmas para a Dra. Celeste e disse mais umas coisas que me escaparam por inteiro. Nestas mini-férias, estive a ler o primeiro volume da biografia de Mitterrand, por Jean Lacouture. Termina em Maio de 1981, com a chegada do dito ao Eliseu, à terceira tentativa e com 65 anos. Pela história de Mitterrand passam grandes nomes da história política e cultural francesa do século XX, uns seus amigos, outros notórios adversários. Mesmo os mais aparentemente insignificantes, eram bons, muito bons. Tudo aquilo "mexia" e tinha densidade, pensamento, ideal, combate. Quando ouço o Dr. Portas, quando leio os jornais, quando vejo os comentários por sobre o já demasiada e irrelevantemente dito e escrito, e apesar de não ser aquela a "minha " história, doi-me - é uma pena cosmopolita e nada provinciana - sermos isto.

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