Pacheco Pereira gasta uma página inteira do Público, escrita com os pés, a tentar fazer crer ao PSD que deve abjurar diante de Sócrates sob pena de virarmos um "protectorado" da União Europeia (como se fossemos outra coisa), sairmos do euro e entrarmos em bancarrota (ui, quem medo!). Que diabo de país é que se vê da Marmeleira? Uma coisa séria e credível cujo rosto e espada é o magnífico Sócrates, o incontornável, insubstituível e determinado Sócrates? Não terá porventura ainda ocorrido a JPP que a exibição desta resplandecente espada lá fora talvez contribua para que a nossa "imagem" e crédito diminuam a cada dia que passa porque ninguém vê brilho ou grandeza nela? JPP propõe-se cortar o fogo (com o qual comentadores, blogues - não, et pour cause, o do Pitta - e Passos Coelho, por ordem de grandeza, andam pachecalmente "a brincar"), apesar de tudo o que ele pensa dele (sendo certo que o que ele pensa dele não resolveu um átomo dos problemas que Sócrates ateou), com a espada de Sócrates. Porquê? Porque, e as perguntas são minhas, «o fogo é a sequência: chumbo do Orçamento (e daí? já lhe apresentaram privadamente algum orçamento?), queda do Governo (e depois?), envenenamento das eleições presidenciais pela crise política (aqui o que ele quereria dizer não seria "entrada da política, finalmente, nas eleições presidenciais e não bater meras claras em castelo durante umas semanas"?), longos meses sem Governo em plena crise externa (tem a extraordinária sensação de ser governado desde 2009?) e novas eleições (tem medo delas?)». Há momentos na vida em que que é preciso colocar os ponteiros - e as espadas - no seu grau zero como quem rapa os pêlos depois de uma crise de pediculose pubiana. Quem sabe se este não é um deles. Se a alternativa é mais do mesmo redondismo da quadratura, com estes ou com outros protagonistas vestidos com o fatinho puído do "interesse nacional", devolvo-lhe a pergunta: pode explicar-me o que hei-de eu fazer com esta espada?
Adenda: O artigo de Sousa Tavares, no Expresso, vale desta vez por cinquenta anteriores, três romances e treze aparições televisivas. De uma banda, MST diz da Europa de que Pacheco gosta (também gosto muito mas na "base" do ir e vir e para efeitos muito específicos que não incluem sol e vida) aquilo em que ela se tornou, perguntando: «mas somos ou não somos o sal da Europa, desses cinzentos, macambúzios cidadãos sem graça, prestamistas, operários sem descanso, gente frustrada, invadida de turcos, árabes, paquistaneses, argelinos, albaneses, todos os restos de todos os Impérios (até os gurkhas do nepal, ainda hoje um regimento de elite de SM a Rainha Isabell II)? Não vale, ao menos, um desconto nos juros, uma atençãozinha nos empréstimos, uma excepçãozinha nas indecorosas regras do euro?» E de outra, mostra à moleza pastelona institucionalizada pelas elites de serviço a preferência (minha também) pelas «situações-limite» contra «as falsas situações difíceis" que as apascenta. «Prefiro uma realidade absolutamente má do que um optimismo absolutamente falso. É quando as coisas estão realmente negras que encontramos forças para reagir - não quando elas ainda consentem uma esperança que não passa de uma falsa ilusão, que nos mantém a esbracejar.» O "passa não passa" de um orçamento que ainda não existe mas que tem de "passar", com milhares de velinhas acesas pelos acólitos do regime, é apenas mais um sinal desse esbracejar impotente típico de periféricos provincianamente convencidos de que existe "salvação" com o "salvar" de Sócrates. Bom proveito.
Adenda: O artigo de Sousa Tavares, no Expresso, vale desta vez por cinquenta anteriores, três romances e treze aparições televisivas. De uma banda, MST diz da Europa de que Pacheco gosta (também gosto muito mas na "base" do ir e vir e para efeitos muito específicos que não incluem sol e vida) aquilo em que ela se tornou, perguntando: «mas somos ou não somos o sal da Europa, desses cinzentos, macambúzios cidadãos sem graça, prestamistas, operários sem descanso, gente frustrada, invadida de turcos, árabes, paquistaneses, argelinos, albaneses, todos os restos de todos os Impérios (até os gurkhas do nepal, ainda hoje um regimento de elite de SM a Rainha Isabell II)? Não vale, ao menos, um desconto nos juros, uma atençãozinha nos empréstimos, uma excepçãozinha nas indecorosas regras do euro?» E de outra, mostra à moleza pastelona institucionalizada pelas elites de serviço a preferência (minha também) pelas «situações-limite» contra «as falsas situações difíceis" que as apascenta. «Prefiro uma realidade absolutamente má do que um optimismo absolutamente falso. É quando as coisas estão realmente negras que encontramos forças para reagir - não quando elas ainda consentem uma esperança que não passa de uma falsa ilusão, que nos mantém a esbracejar.» O "passa não passa" de um orçamento que ainda não existe mas que tem de "passar", com milhares de velinhas acesas pelos acólitos do regime, é apenas mais um sinal desse esbracejar impotente típico de periféricos provincianamente convencidos de que existe "salvação" com o "salvar" de Sócrates. Bom proveito.
33 comentários:
Caro João,
O Portugal que pára sem orçamento é precisamente aquele que vive dele e que há todo o interesse em parar.
O Portugal que não fornece ao Estado Central, Regional ou Local, que fora de Lisboa é significativo, não para caso não exista orçamento.
viver a duodécimos sem PIDAC... hummmm que maravilha.... corríamos o risco de caminhar para uma qualquer normalidade aceitável a que nos adaptaríamos....
os da Mota BES Martiferes amigos Joaquins e mesmo os robalos é que eram bem capazes de ficar aflitos isso e se a malta de repente começar a tirar 400 euritos da conta assim como quem não quer a coisa...
sempre animava a ópera bufa...
é que se a malta entrar em default sem os benditos credit default swaps dos Irmãos Limão podemos sempre dar para penhora o Estádio de Leiria o de Coimbra e o do Algarve (no caso do Macário não se incomodar muito...) e a Ribeira dos Milagres ... acho que a Moodys e o Standard dos Pobres aceitam...
Entre a espada e a parede eu prefiro a espada. Corram com este Governo mentiroso.
J.G:
Eu me inquiro, após ler notícia de 1ª pag do dito Público, se mais desgoverno ainda do que este nos espera em fogo ou atoleiro em que estamos mais do que chamuscados até orelhas.
Se Manuela Ferreira Leite na obsessão do servicinho (bem avacalhado por sinal tem sido esse servicinho socrático a povinho que desconhece lá de sua alta esfera postado e arrotado) aconselha psd a abster-se e viabilizar mais uma das muitas infâmias que é este orçamento, não me admira que seu sucessor na direcção hoste diga em birra não. Afinal não é o «populista» Jardim (assim JPP o classifica) que isto é pescadinha de rabo na boca (evidente tirada populista, mas com carradas de razão) que aventa precisarmos de uma 4ª república ... ou de um 5º império onde haja espírito e não contas sobre contas a patacas. «Para este peditório o pessoal já deu.» (Cantava um).
Ochoa, Angelo
Excelente remate José Silva:
.
"O Portugal que pára sem orçamento é precisamente aquele que vive dele e que há todo o interesse em parar."
Nem mais! Chega de paz podre social com o inferno nos quotidianos de quem trabalha! Pacheco Pereira vive há muito num outro mundo, cada vez mais afastado das vidas dos portugueses. Fala de cátedra sobre a fome que devemos passar a portar-nos bem para evitarmos o castigo de nem sei que catástrofe que augura.
A coisa mais importante a fazer de imediato em Portugal e correr com o "bad ingenheiro". A crise desencadeada pela queda do governo podera tornar-se numa oportunidade para sanear a praca politica ou pelo menos as nossas contas. Para isso, e preciso no entanto que os Rui Rios estejam dispostos a arriscar o pescoco e assumir as suas responsabilidades como politicos, ja que nao me parece que o PPC tenha estaleca para por ordem no PSD, muito menos no pais.
Luis
A notoriedade pública de JPP é inexplicável: escreve mal, fala mal e, como é óbvio, pensa mal. A “qualidade” que o define é esta: soberba. Porque ninguém, é claro, detém a verdade como ele.
É, desde há largos anos, a erva mais daninha do PSD. E não se percebe como é que este ainda não decidiu atirá-lo borda fora.
Mais uma vez sem a oportunidade de o poder contactar ao vivo, ontem no CorteI, por ter saído mais cedo.
O que me tem ocorrido:
a)OE e queda do governo.
Será impossível, em caso de queda do governo via OE, adiantar uma revisão da CRP, Novembro por exemplo, ter eleições legislativas em Fev11?
b) OE aprovado.
O que impede as oposições, após aprovação do dito cujo, de entrar com uma moção de censura, 'arriscando' fazer desaparecer o maior arrivista do regime?
c) Que melhor oportunidade para a IV República? Continua a faltar-nos um de Gaulle, mesmo que civil.
PS: o painel de ontem no CorteI, sobre o livro de Carrilho, com o «e agora (?)», merece-me um comentário.
Agora, estamos falidos.
Especifico três pequenos grandes responsáveis: Barroso, Santana & Sócrates.
A bem do Regime.
JB
QUEREM CALAR ESTA "CAMBADA"? O PPCOELHO QUE PROMETA ACABAR COM O CUMULO DE REFORMAS. MAIS AINDA, O TECTO DAS REFORMAS A TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS E QUEM TEM MAIS DE 70 ANOS NÃO PODE "TRABALHAR" MAIS. A MFLEITE NÃO ANDARIA POR AÍ A MUDAR DE OPINIÃO COMO QUEM MUDA DE CAMISA.
QUANTO AO PCCOELHO SÓ TEM DE CUMPRIR COM O PROMETIDO.
Tenho de discordar do que diz o anonimo das 1:49: se PPC nao tivesse estaleca nao estariamos sequer a discutir este assunto. O OE que nao se conhece ja estaria aprovado.
Nao quer dizer que nao o seja. Mas pelo menos ja mostrou que nao teme as espadas com que tanto o PM como o PR lhe acenam.
Mas consigo entender a frustracao de JPP: ele sabe que se PPC nao aprovar o OE, os media e afins irao fazer o frete ao PS e conseguir demonstrar ao povo "sabio" que a culpa do estado do pais e do PPC e do PSD. E mais uma vez o PS sera reeleito...
Nao ha como vencer...
"...sairmos do euro e entrarmos em bancarrota (ui, quem medo!)"
Ah não tem medo? Ainda bem! Mas se calhar deveria ter. Você e todos nós.
Mas parece que não. Os pró-governo e os anti-governo perderam já todo o sentido da realidade.
O "protectorado"?
Pode estar bem perto. Seria...digamos.... "interessante" ver todo o país em obediência ao Fundo Monetário Internacional e a Bruxelas. e ver toda a blogosfera e mais os politiqueiros e clientelas de diversa "extracção" partidário/económica "grasnando" e "balindo" completamente impotentes.
O mais extraordinário é constatar que a substituição do péssimo governo que temos seria a solução para alguma coisa. Não é. É tarde de mais e, simplesmente, há o "wishfull thinking" (de diversos matizes) de quem acha que ainda há hipótese de saída.
É interessante como se fala da saída do Euro e de "default" como se fala de uma telenovela. Tudo transformado, comme d'habitude, em conversa de "barbearia".
Quando isso acontecer os que agora ainda zombam vão deitar (como tantos milhões) as mãos à cabeça.
Tudo isto para dizer o óbvio:
Com orçamento ou sem orçamento o tempo já se esgotou.
Sem Circenses ainda se vai andando, mas quando o Panes faltar......
Parabéns a todos nós.
Para além de, por várias vezes, se ter vivido com os célebres duodécimos (e, se bem me lembro, até as coisas correram melhor pois pelo menos a máquina estatal sempre gasta menos) não percebo (ou talvez perceba)porque razão algumas pessoas estão tão preocupadas com eventuais crises políticas preferindo afinal a "paz podre". Pois não é dos livros que os avanços decorrem das crises?
Correr com Sócrates é uma prioridade, mas no momento em que o PSD esteja livre de Passos Coelho e apaniguados, uma corja exactamente igual à do engenheiro sanitário. Enquanto não houver outra alternativa, pois que se viabilize o orçamento e se vá dando a Sócrates mais corda para se enforcar. Sofre o país, é certo, mas talvez sofrendo aprenda a não votar em bandalheira como aquela que domina as máquinas partidárias.
Luís Neves
Contra as actuais espadas regimentais:
Sem ter coragem para cortar
fazendo prosa indolente,
é ignóbil esse dissertar
de quem se julga tão valente.
São venturas e desventuras
dessas mentes tão empanadas,
estamos fartos de farturas
e de quimeras enfunadas!
No “Fungágá da bicharada”
tudo é muito divertido,
mas nesta nação revirada
ainda há muito latido...
O PSD deve ter inteira liberdade de decisão quanto ao OE2011.
Se, depois de o OE ser apresentado na AR (ainda não foi, embora, para alguns, pareça que sim) e analisado, o PSD achar que o OE é mau, nomeadamente se o governo insistir com o aumento de impostos, e decidir-se pelo chumbo, pois que chumbe.Se, como PPC já afirmou, as condições que o PSD apresentou para poder viabilizar o OE, são inaceitáveis, o governo que se vire para outro lado (existem mais 4 partidos da oposição na AR).Não pode é colocar-se na posição do tudo ou nada (é minoritário), nem atirar as responsabilidades para cima do PSD, como se seja este que tem estado a governar, no que tem sido muito ajudado por alguma comunicação social (é preciso ter lata, para vir afirmar, como Teixeira dos Santos fez ontem, que o "nervosismo dos mercados internacionais" se deve ao PSD). O PSD e PPC não podem tornar-se avalistas permanentes de um governo incompetente e irresponsável. Chega de "meias tintas", de consensos moles e pantanosos, pois foram eles que, em grande parte, nos conduziram para a situação actual.
Pacheco Pereira e o PSD há muito que nada têm a ver. Pacheco armadilha lideranças como as moças da vida aviam clientes. Vício de confortável comentador sibilino, o tacticismo tortuoso do comunistólogo-deputado fá-lo agora considerar que a única solução para aquele partido e para o País será submeterem-se ambos ao novo ultimato socratista. O PSD está sitiado pelo mestre da chantagem. Mas também pelos velhos conselheiros da covardia de todo o decadente espectro partidário. Mais um trago de veneno e será o fim. Recordemos, porém, que tudo o que Pacheco pariu, urdiu, como discurso e como táctica, incluindo banir Coelho das listas de deputados, foi frustre, foi vão, foi contraproducente. É impossível confiar num Queiroz do comentário político, num Queiroz da táctica política, como Pacheco, que me merece todo o respeito como comunistólogo, mas não como sede de uma vaidade cegante. Tem de haver e há uma saída para além do nulo PM, alguém que já é para os demais Europeus uma fonte inesgotável de gás e de humor; alguém que merece dos demais Europeus a pífia credibilidade do igualmente pífio e miserável inglês, do tempo perdido e infinitos logros contra o seu próprio País. Na verdade, cada vez me agrada mais o espectro de uma Crise Política bem clarificadora aberta pelo Não a um Orçamento que degrada Portugal. Há que escolher entre o desastre, a vaidade e a obstinação no abismo socialistas, Pacheco já escolheu com a sua retórica retorcida e plástica de camaleão!, e qualquer coisa sem mais impostos, sem SCUTS, sem mais miséria, sem mais retrocesso, sem recessão, com futuro. Entre a chantagem e a liberdade, os comentadores Soares, Manuela Ferreira Leite, imensos cagarolas aterrados, terrificados, escolhem, na habitual posição de quatro, mais chantagem com mais capitulação. Nós imploramos liberdade.
Haja Deus, João. Que o Passos não lhe doa a cabeça para discernir que só tem futuro naquilo que (parece que) gosta de fazer se bater o pé ao dito cujo bacteriano... E os "responsáveis" do costume que se calem por uma vez.
PC
Hoje foi um dia de leituras interessantes e reveladoras de alguns jornalistas e comentadores que parece que agora parece quererem libertar-se das cúmplicidades do poder socretino.
Para além de MST que referiu, chamo a atenção para o artigo de opinião da jornalista comprometida São José Almeida do Público, alguém a quem NUNCA me ocorreria concordar com o que defende, hoje subscrevo tudo...
JR
PPC faz o jogo do centrão e de Cavaco.
Um grupo alucinado ainda não percebi se se está obcecado com a reeleição se com outra coisa qualquer.
Não percebem tudo o que faz é reforçar Portugal como um protectorado do PS e de Sócrates.
lucklucky
O Pacheco Pereira, como antigo militante maoista, sabe que a vingança do chinês se serve fria...
Como de qualquer maneira o futuro a curto e médio prazo é mais do que miserável, tenho a firme convicção de que é uma medida de higiene pública acabar com este governo de ineptos e de mentirosos.
O FMI dói mas pelo menos temos a certeza de que cura. Com esta canalha é sempre a afundar como estamos fartos de ver apesar de todos os avisos ao governo. Esta gente não presta. Rua.
O post, assim como todo o arrazoado supra, demonstram a escolha cruel e absurda perante a qual nós estamos todos: não exactamente a de "ter OE ou não ter OE", mas sim a de "ter um governo revestido de bandidos políticos e chulos do PS ou de ter um governo revestido de bandidos políticos e chulos do PSD". De sócrates só se espera crime e estupidez venérios. De PPC, dado o seu passado vácuo e a sua verdura, só se pode esperar (no caso de governar) um assalto ao poder - ao dinheirito, por pouco que seja - por parte do vasto exército de nulidades famélicas e de carteiristas autárquicos profissionais que esperam nas trincheiras o tiro de partida para a "corrida ao cargo". Pois é deste pessoal político que o jovem-passos virá acompanhado. Até porque de todos estes nobres cavalheiros, principalmente do PSD, não ouvimos nos últimos meses nada acerca de planos para o País, reconstrução patriótica a longo prazo, e rumo para o futuro da economia - a não ser a inconcebível revisão constitucional. Esta paupérrima democracia é frágil, inoperante e não está preparada ou concebida para lidar com a realidade mais gritante e feia que assola Portugal desde 1834: a incompetência, a traição e a corrupção - a santíssima trindade dos partidos.
Ass.: Besta Imunda
"...Adelaide! deixa-me um pintelho..."
Compreende-se o pânico de muitos políticos, com a perspectiva do chumbo do OE.
Pacheco Pereira também o sente. É dos manuais políticos muito em voga, que as crises políticas são prejudiciais principalmente para quem não tira dividendos delas.
Provavelmente esta tralha de políticos que estão amancebados aos partidos, ainda não se deram conta que, o zé pagode está-se marimbando para a real situação do país, nada mais tendo a perder, porque no fundo, já perderam tudo, inclusivé a esperança de algum dia terem políticos sérios. A questão é a quem mais interessa a aprovação do OGE?
Certamente JPP sabe a resposta.
E como ele, anda muito gente em pânico com a perspectiva de perder os seus absurdos privilégios.
Cps
Scaramouche
Um parentesis, s.f.f.
Imperdível a entrevista e o video do Prof. Medina Carreira (DN on-line).
Excerto :
-«(...)Não me calo, fale quem falar! Estou ao serviço do País, e, portanto, não me calo de jeito nenhum, façam o que fizerem! O próprio primeiro-ministro queria também que eu e o Mário Crespo fôssemos "resolvidos".
Alguma vez sentiu que houve tentativas de o "resolver"?
Que eu sentisse, nunca. Como eu não vivo do Estado, também não me "resolvem", podem estar descansados».
Caro João,
tal como abaixo, discordo novamente da análise que faz: provocar eleições neste momento é muito pior para todos que deixar passar o orçamento. como bem diz o JPP no artigo, nos blogues é tudo fácil, pena a realidade não ser assim - no fundo acabamos sempre por ser um "país de papagaios" (Medina Carreia, embora, conforme as circunstâncias, de um lado ou de outro da barricada e, pior, há os que saltam conforme o vento sopra. Por exemplo, MST, que cita, bem gostava de saber (e tb lhe pergunto a si, que diz que JPP n acrescentou um átomo!) o que dizia esse brilhante comentador há uns meses acerca desse estadista que dá pelo nome de Sócrates? E não é só ele, mesmo MMC descobriu muita coisa apenas depois de ser candidato a Lisboa (2005) e Embaixador (2008).
Salvam-se poucos, caro João. Não os misture e, por favor, não se misture que isto já são poucos os que se podem ler...
Obviamente um erro acima no meu post das 8:29 em vez de PPC quiz dizer JPP.
lucklucky
Caro Rui Almeida,
Nao pretendo aqui ser advogado de defesa de ninguem.
Mas explique-me por favor em que se baseia para explicar que estaremos pior caso o OE nao seja aprovado?
Acrescento que se esta atitude de nao pactuar com uma continuacao de politicas erradas tivesse sido tomada ha mais tempo, neste momento talvez estivessemos menos mal.
Digo talvez, porque nada neste momento me consegue convencer que PPC sera aquilo que o pais precisa.
Mas tudo o que ajudar a correr com um PM como o actual so credibilizara o pais. Embora com a sorte que temos tido ultimamente ainda dara o dito por nao dito e tenta governar mesmo sem OE aprovado, em nome dum mal menor (o dele, claro!)
Caríssimo J. Gonçalves, uma vez mais, excelente. Simplesmente excelente!!
Caro Nuno Oliveira,
não sou adivinho, por isso é um palpite. mas se por acaso o pequenino Sócrates se demite (e creia que basta a leve percepção que tal o posso beneficiar que o homem atira-se a isso) passamos a ter um Governo de gestão que - julgo - tem competências mais restritas a que acresce um orçamento de duodécimos. imagino, pe, que seríamos preza fácil de um ataque especulativo.
e depois há a questão magna, que JPP salienta no artigo: o que mais anseia um governo acossado como o actual é ter uma pontinha para a vitimização. com a comunicação social, a propaganda e o desleixo generalizado dos nossos compatriotas, bem que nos arriscávamos a levar outra vez com peça!
realpolitik, acho que é o termo.
Caro Rui Almeida,
Nao sei se reparou mas o unico que empresta dinheiro a Portugal e o BCE.
Presa facil?
Ja fomos comidos e nem os ossos sobram.
O unico caminho a trilhar neste momento e comecar de novo.
Temos que passar fome? Que seja. Pode ser que assim se comprem menos carros e playstations. As dificuldades tem o condao de voltar a dar significado ao que e essencial e nao ao futil.
Claro que nao gostaria de chegar a esse ponto. Mas ja passamos o "point of no return" ha muito tempo...
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