7.10.10

COM OUTROS

«A extrema gravidade da crise talvez não estivesse no teleponto, essa extraordinária muleta do autodeslumbramento político. Mas estava há muito tempo por todo o lado, já nem era uma questão de a prever mas, simplesmente, de a ver. No entanto, como do teleponto não constavam nem a crise financeira, nem a crise do euro, nem a crise do paradigma do ilimitado (crescimento, matérias-primas, consumo, crédito, etc.), continuou-se até à beira do abismo, com o impacto que acabamos de ver e os efeitos que iremos sentir. Agora, chegou o momento de ver para lá do teleponto. Precisamos de novos desígnios, de ideias que magnetizem os cidadãos e revitalizem a sua iniciativa e os seus projectos. E se quisermos falar da criação de riqueza, de crescimento ou de inovação, temos de perceber que, como há dias dizia João Caraça, "tudo isso se liga a um modo de estar, a uma cultura. E uma cultura é só isso, um guia de escolhas". É por aqui que se tem de repensar Portugal: com novas ideias e perspectivas, com estratégias e modelos diferentes, com outras políticas e com outros políticos. »

5 comentários:

Anónimo disse...

a doença do homem impede-o de perceber sequer o seu próprio deslumbramento, quanto mais a merda de país que está a criar.

Mas aviso: a doença que tem leva-o a renovar energias em cada confronto com a realidade.

Cuidado.

Marreco

Anónimo disse...

Com outros politicos....no caso português ajudava tambem que fosse com outro povo...

Anónimo disse...

E "c'ade" os outros políticos ?
Se os há estão bem escondidos ...

joshua disse...

O teleponto tem sido a vara de condão do Grande Aprendiz de Feiticeiro ou de Bruxo, consoante se seja ou não Abrantes. E logo com efeitos auto-hipnóticos desastrosos: «Eu, eu, eu é que sou o Primadonna, o grande dador de confiança, optimismo, flatulência... Ainda está para nascer quem tenha feito melhor no Abismo, na Bancarrota, no Défice, na Dívida, no Desaparecimento da Soberania...»

Carrilho diz quase tudo o que é preciso compreender para Acordar do Pesadelo. Ainda há muito súbdito adorabundo de tal figura e de tal imagem.

Anónimo disse...

Já agora mais um regabofe. A estes não se lhes corta 80% do salário para pagar déficit's :

A ANACOM gastou 150 mil euros na comemoração do seu 20º aniversário, 12 mil dos quais em convites e 60 mil euros nos serviços de organização dessa festa."

"Em 2009, a ANACOM mandou ainda estufar em pele sete bancos de viaturas, o que teve um custo de sete mil euros e organizou uma festa de Natal cujo custo foi de 30mil euros."