Decorreu ontem uma pequenina acção tão jubilatória como provinciana, exibida nas televisões, destinada à congratulação inteiramente privada acerca da assinatura que um homem colocou num tratado. O homem é o presidente checoslovaco, um dos poucos políticos em funções com os pés assentes na terra. A constituição europeia - e a sua nomenclatura - está agora em condições de entrar em vigor. É uma derrota para quem gosta de uma ideia cosmopolita e livre da Europa e não de uma Europa sem ideias vergada à burocracia política e à mera contabilidade dos lugares. O livrinho do Steiner sobre a primeira é mais útil à cabeça de um europeu do que o calhamaço que leva o nome, tão desgraçado nestes tempos, de Lisboa. Que lhes faça proveito.
6 comentários:
João Gonçalves,
O presidente em causa é checo. A Checoslováquia já não existe...
Temos, assim. a Europa burrocrata em todo o seu esplendor, a Europa do "porreiro, pá!"
PC
O homem lá tinha as suas razões para estar tão renitente erm assinar o dito de Lisboa. mas enfimlá o convenceram, mesmo assim lá foi dizendo que era o fim da independência da República Checa.
Isto só mostra que há forças ocultas em Bruxelas, que conseguem
com mais ou menos esforço, levar os seus desígnios a bom porto.
Porreiro pá.
Cps
S.G.
o presidente ou é checo
ou eslovaco
os tratados servem tão somente os interesses dos grandes
A ideia da Comunidade Europeia, grande bela na sua origem, foi inquinada pela maçonaria. Não esquecer que a chamada "Constituição Europeia" teve com principal redactor um dos mais importantes membro da Maçonaria francesa, o Sr. Giscard d'Estaing. Por isso se compreende que não tenham querido colocar no preâmbulo a mais pequena referência ao cristianismo.
Não nos equivoquemos : estamos a viver um tempo de transição, em que a Associação de Merceeiros (vulgo UE)não passará de mera peripécia.
O protector que lhe permitiu,ao longo destes anos,engordar em sossego (EUA)escolheu o "suicídio" -e à vista do respeitável público,para que não subsistissem dúvidas.
Acobardada(forte para com os fracos e rastejante perante quem detém poder real),acomodada e desarmada (e aqui não se trata sòmente de armamento)a península europeia está dependente dos bons ofícios da potência continental que nunca abandonou os seus desígnios estratégicos - nem o poderio militar para os levar a cabo.
E na Europa Central, onde a História é carne viva, tudo isto é mais que sabido... e sentido.
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