Existe uma "escola de pensamento" dentro do PS da qual Soares é, de alguma maneira, fundador que assenta no vernáculo as suas "crenças" mais profundas. Aliás, mesmo sem recurso ao calão no sentido literal do termo, Soares já tinha resumido, nas memórias entrevistadas por Maria João Avillez, o seu "programa": «levar a água ao meu moinho.» Quando estava em Belém e Cavaco em São Bento, Soares costumava reunir com dois ou três íntimos assessores antes da visita do 1º ministro a quem, num vernáculo irreproduzível, perguntava o que é que havia para "chatear" (não começa com "c") o tipo (não começa com "t" e até pode ser uma expressão composta). Segundo o Correio da Manhã, naquelas intercepções que tão pressurosamente o senhor conselheiro Noronha mandou destruir (infelizmente - para ele - o que não pode mandar destruir é a percepção de umas pessoas e o carácter de outras), Sócrates, nas conversas com o amigo, terá recuperado o bom vernáculo socialista para se referir a adversários políticos e a outras instituições da hierarquia do Estado a que ele pertence. Não tenho nada contra o uso do vernáculo. Usado, porém, por certas pessoas com determinadas responsabilidades, serve, entre outras coisas, para avaliar o carácter e a carreira de quem fala displicentemente em "elevar a nossa vida pública". Mais do que política e de justiça (nem uma nem a outra estão suficentemente prestigiadas para as respeitarmos), é disto que se trata. Se quisesse escolher os meus representantes na "feira do relógio", não precisava de eleições para nada. Se calhar, no estado a que isto chegou, não preciso.
Nota: A foto é do 5 dias que parece ter, com equanimidade, distribuído os bustos do Lenine que andavam por lá em saldo. É de uma rua em Macau. E é uma chinesice mas "Doutor" por extenso não se aplica a Soares. Soares é apenas um licenciado.
Nota: A foto é do 5 dias que parece ter, com equanimidade, distribuído os bustos do Lenine que andavam por lá em saldo. É de uma rua em Macau. E é uma chinesice mas "Doutor" por extenso não se aplica a Soares. Soares é apenas um licenciado.
10 comentários:
Não será "um serviço público" publicar essas "conversas"?
uma endemia de peste negra percorre o rectângulo.
desta vez os ratos estão organizados em maioria dissoluta. os dentes são tão rijos que até roem sucata.
recebeu o seu nome o largo onde se localiza a sua sede.
O principio é Soares. Deu o mote, o Estado é meu e os socialistas e aventalados, seguem-no em procissão. Mais uma vez redundante, continuo a pensar que se Soares fosse posto em causa pela forma usa o Estado português, o rebanho tresmalhava. Aquela Fundação, um elefante branco, onde jazem os presentes que recebeu enquanto Presidente de Portugal e que recebe "donativos estatais" que ninguém controla, a Casa Museu em Cortes também para albergar os "presentes", são tantos!, os GNR que patrulham as suas quintas a expensas dos burros do costume, a Fundação da mulher Pro-Dignitat, alguém neste País questiona a criatura, alguém questiona o enriquecimento do PS? Soares, na Bíblia seria o princípio, o Verbo, depois é conjugar em todas as pessoas e tempos. No site da Fundação realce para o pormenor "Mário e João Soares". Lá se vão os presentes.
Quanto ao vernáculo de Soares, parece que não era só vocal, parece que Constâncio e outros levaram umas cadeiradas, claro, quando o chefe se irritava. Leia-se VPV/revista Kapa/uma viagem com soares/net. A feira do relógio ao pé disto é p'ra meninos.
O so-cretino mor usa essas expressões vernáculas com os "amigos" para parecer mais homem.
De facto, basta ouvir os trejeitos sonoros da sua vozinha para concluir... É um doce, um meiguinho...
PC
É preciso descaramento para você abordar esta questão nestes termos moralistas... Já se esqueceu de quantos palavrões, uns em vernáculo e outros de caserna, você usou durante a campanha eleitoral? Não foi você que disse da ministra Ana Jorge que era uma "criatura fálica"? Ora, vá dar uma volta, seu fariseu, seu hipócrita!
Fálica nunca lhe chamaria porque seria um insulto à forma. E, depois, não represento nenhum órgão de soberania. Digo expressamente que não sou contra o vernáculo. Mas sempre o posso mandar à merda.
excelente resposta,João Gonçalves, nenhum "DOUTOR" seria tão preciso............
De Macau, muitas patacas vieram.
Belos tempos, esses, não foram, Doutor Mário Alberto?
Como tudo o que diz respeito ao Querido Líder, este seu gosto pelo vernáculo que alguns descobriram não é de agora. Não foi também Sócrates, aquando das escutas do processo Casa Pia, apanhado a dizer algo parecido com "aquela puta da Felícia Cabrita"?
suas "crenças". Só que este PS, se alguma o foi não é de crenças. É de querenças como percebemos bem dos isaltinados Silvas do querido líder. Eles querem tudo: a justiça, o governo, a polícia, a presidência da república, as grandes construtoras, os grandes bancos, a comunicação social, as empresas públicas.
Espero que fiquem com uma enorme indigestão como o "Sebastião come tudo"
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