O Santo Padre recordou há pouco, na Praça de São Pedro, que as Escrituras não comportam qualquer tipo de ambiguidade. «Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: “Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai escurecer, a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra. Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando os seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim, também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.» (Marcos 13,24-32)
10 comentários:
se a memória me não falha
esta pintura a fresco está nun ex-convento de Florença
representa a Eucaristia após a Última Ceia de Cristo com os Apóstolos em jerusalém.
seguiu para Getsemani onde foi denunciado.
o Novo Testamento é um relato da condição humana
Meu Caro:
Jesus não foi, realmente, ambíguo, e por isso foi tão odiado (apesar de também ter sido muito amado). Como é diferente o posicionamento na vida de certos supostos políticos cristãos do nosso tempo que não passam de parasitas em busca de promoção, mesmo que tenham de trair a sua consciência (se é que a têm) e os seus princípios de vida. Demagogos.
não percebo.
Lamento irromper no seu blog com isto.
A citação não podia ser mais ambígua. E não é certamente para levar à letra. Falar por parábolas é uma excelente estratégia. Acerta sempre. Precisa de interpretação.
Este segmento "(...) esta geração não passará até que tudo isto aconteça", então, é de uma ambiguidade notável.
TUdo isto poderia ser dito por um charlatão.
É preciso acreditar que não foi, para se poder não duvidar do que diz. É preciso acreditar e ter fé para não ver neste texto ambiguidade.
A menos que o autor esteja a ser sumamente irónico. E inteligente, portanto.
ao anónimo das 4.35
Ainda tinha dúvidas que o nosso amigo J.G é muito inteligente?
Não será necessário recordar que além da sua inteligência tem o dom de escrever como poucos.........
caro anónimo das 5.08:
Não tenho dúvidas de que JG é inteligente e também que escreve muito bem (e que tem andado melancólico).
Precisamente por isso admiti a possibilidade de, para além da sua fé (não discutível em termos de inteligência), ele estivesse a ser sumamente irónico.
O sumamente irónico é que me interessou - o resto já sabia.
Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.
Não há qualquer tipo de ambiguidade nestas palavras de JC. Basta estar um pouco atento. Não sei se repararam mas há duas "coisas" que JC declara que "não passarão": "esta geração" e "as minhas palavras". Ele põe ambas no mesmo nível de perecidade. Com "não passarão" é fácil de entender que quer dizer: não cairão no esquecimento, permanecerão para sempre. Tudo isto referido ao dia da Parusia, que faz questão de sublinhar que ninguém sabe quando acontecerá. Tendo em conta que os cristãos (obviamente) acreditam que a Palavra é actual, i.e, para cada um de nós - (sempre) os desta geração; concluimos que JC afirma que todos Deus não deixará cair sequer um único homem no esquecimento, sem que tenha pelo menos a oportunidade de ver Deus face a face.
Ricardo
O post anterior só confirma a ambiguidade e a necessidade de interpretação.
Sumamente irónico, concluo de novo, o nosso JG...
A única interpretação dos Evangelhos é a da Igreja, a exegese bíblica feita pela Igreja. Isto para um católico. Para outros, até romances servem. Ponto final.
Lá se foi a ironia...
Esperando hoje Domingo 22 a «palavra do dia» que não ouvi já que cheguei ao ofertório da celebração, contava com o fecho do Ano Litúrgico e o «texto» da Festa do Cristo Rei, que me vai trazendo sempre a memória os milhares de mártires da España Católica, que aquando fusilados só um grito soltavam do coração para a boca:
VIVA CRISTO-REI!
Enviar um comentário