9.11.09

SÃO ROSAS, SENHOR

Isto é tudo muito divertido. Uma televisão "apurou" que a PJ apurou - com fotos ou facebook, não se sabe bem - que o dr. Vara se encontrou com o ex-sucateiro Godinho num parque de estacionamento, de carro para carro. Godinho entregou um saco com qualquer coisa a Vara, Vara olhou para dentro do saco, sorriu e foi-se embora. Chamam a isto uma notícia.

9 comentários:

Nostalgia disse...

já agora não deixe de dar uma vista de olhos nisto.

http://pauparatodaaobra.blogspot.com/2009/10/nao-caiam-para-o-lado.html

Raínha Santa disse...

Eram rosas, senhor!

Eduardo Freitas disse...

Não sei se o descrito é, ou não, uma notícia. Mas, a ser verdade, não deixa de ser um facto que justifica procurar outros factos, factos esses que se podem vir a transformar em notícias.

caozito disse...

... "de carro para carro, de ex-sucateiro" para o ainda sucateiro ... e, por aí, adiante.

Karocha disse...

Eles acham que sim JG!

João Sousa disse...

Devia ser uma sandes de courato (ou, dado o calibre dos personagens em questão, uma "sande").

fado alexandrino. disse...

Não interessa se é ou não uma "notícia".
Acontece que noventa por cento dos tugas a única informação para além da Bola e do Record que consomem é a televisão.
Se perguntados acreditam piamente que o saco tinha um bom maço de notas.
É isto que conta.
Já é notícia.

Anónimo disse...

Que gente tão maldosa, então o Sr. Vara não precisava de uma peça para o seu carro. O Sr. Godinho vende tudo tão baratinho, enfim sr. Vara mais lhe valia ter comprado uma peça original, não é verdade?
Cps
S.G.

Cáustico disse...

Peças não eram, porque se alguma peça do seu carro se avaria o BCP paga. O que ele quer, assim como todos os da camarilha a que pertence, é dinheiro, seja qual for o processo, legal ou ilegal, para o fazer chegar às mãos ou à conta bancária.
Em Portugal está-se no século da desonestidade assistida por uma justiça incapaz.
A história deste país, e não só, revela-nos a existência, em tempos recuados, duma escumalha de seres humanos, pomposamente denominados nobres, cuja principal tarefa era incensar os monarcas para obter deles o maior número de direitos, de regalias que lhe permitisse espezinhar, cada vez mais, o povo. Chegou-se ao cúmulo de se lhes atribuir direitos de vida e morte sobre quem era obrigado a sustentá-los. Arrogavam-se o direito de praticar todas as tropelias, porque alguém os considerou nobres, embora neles a nobreza fosse inexistente.
Modernamente, em países a viver em pretensa república, em que foram postergados os proclamados nobres, surgiu uma cáfila de indivíduos que também faz jus ao aforismo: não sirvas a quem serviu nem peças a quem pediu. É toda uma raça de vampiros insaciáveis. Governam-se à tripa forra, usando processos e artimanhas modernas, a coberto de leis que previamente elaboram para os defender da justiça que devia ser cega, mas que infelizmente está bem industriada para distinguir os pequenos, a quem penaliza, e os grandes a quem absolve de todas as roubalheiras, de todas as vigarices.
Meu Pai, republicano simpatizante da democracia, não se cansava de fazer críticas à monarquia por causa dos custos que representava para o povo. Eram os gastos sumptuosos da casa real, eram as festas, eram os adiantamentos à casa real, eram as viagens, tudo despesas que o povo tinha de suportar.
Passou calmamente desta para a outra vida. Faleceu, felizmente para ele, muito antes da Abrilada, o que o livrou do desgosto de ver o quanto esta república de merda está a custar aos portugueses. Se tivesse sabido o que o país está a suportar com o PR em exercício, mas sobretudo com aqueles que já deixaram de o ser, em reformas, viagens, motoristas, carros, gabinetes, secretárias, fundações, etc., se tivesse podido saber que a palavra de ordem actual para os senhores do mando é o enriquecimento máximo a qualquer preço, mesmo que seja o da vilania, naturalmente que lhe teria dado uma síncope fulminante. Não é esta a república nem é esta a democracia com que tinha sonhado e que eu também desejo.