Saúdo o regresso do Augusto M. Seabra à blogosfera. Vem moderadamente esperançado naquela Gabriela Canavilhas que ocorreu entre a escolha e a investidura como ministra da cultura. De facto, a primeira entidade «demarcou-se imediatamente da extraordinária e catastrófica frase original do seu antecessor; “é possível fazer mais com menos dinheiro”, dizendo antes que é “impossível fazer mais com menos”.» Sucede que a depois investida nas funções governativas (e isto aconteceu há dois dias) já foi avisando que «é preciso transformar o pouco em muito» e que «recusa os discursos miserabilistas» o que prova que tem prestado mais atenção às "novas fronteiras" do que ao piano. Não, Augusto, não «há razões para uma expectativa ainda que reservada» em relação a esta segunda Gabriela. Ela fará exactamente o que, por exemplo, o secretário de Estado dela a deixar fazer. E pouco mais.
2 comentários:
Lamento desiludir o Dr.João Gonçalves, que quanto à nova Ministra da Cultura já demonstrou o seu cepticismo militantemente esclarecido.
A actual Ministra, em todas as suas funções já demonstrou energia, autoridade e determinação.
Certamente cingir-se-á ao "programa" do Governo para esta área (que é muito escasso ou abstracto, diga-se de passagem), todavia não receberá "ordens" de qualquer secretariozeco de estado e até pode acontecer que ela o mande pela porta fora quanto menos se espera.
A Ministra não é pessoa para fazer figura de corpo presente.
Mas, como diz o outro, ainda é cedo.
Deixai cair as primeiras neves...
Miguel Graça Moura acaba de lançar um livro. Interessante, sem dúvida, sobretudo para quem viveu a sua conturbada saída da OML e, a entrada da actual Ministra da Cultura. Enquanto Miguel Graça Moura esteve à frente do prjecto, houve paz, tranquilidade e as crianças aprendiam e os professores ensinavam´, mesmo os de Leste imbuídos da altivez de quem estudou mais e melhor que esta pasmaceira. Pessoalmente, penso que foi por aqui que o fogo começou, egos demasiado grandes e uma luta fraticida pelo poder. Canavilhas aparece quando, nós e crianças extenuados de tantos sms e reuniões tipo RGA já pensavamos sair. O seu consulado nunca conseguiu organizar nem dominar as várias facções em luta. O ensino instrumental ficou a cargo de dirigentes impreparadas a todos os níveis, a professores medíocres. O acompanhamento instrumental ao piano era com senhoras do Leste que, ao mínimo atraso se recusavama tocar, isto por problemas de trânsito ou outros. Ficaria bem à nova Ministra ser objectiva na Cultura depois da experiência na OML que foi desastrosa. Melhor que ninguém, sabe que nada há a fazer de tanto haver.
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