14.3.09

O "GIGANTE" QUE NÃO DISPENSA OS PIGMEUS

«Para espanto de todos, [Manuel Alegre] volta um pouco atrás na palavra que deu ao Expresso, exige uma conversa séria com Sócrates mas... não exclui ser deputado. Então acena com o seu milhão e meio de votos de 2006 (como se fossem votos vitalícios e transpostos em cada acto eleitoral - esta possibilidade, não sendo magia negra, nem magia branca, o que será? Vudu?) e diz que «as coisas têm que se resolver rapidamente». Afinal o que quer Alegre sem tropas, depois do Líder ter sido eleito com 96% dos votos? Franco-atirador, habituado a atirar cirurgicamente, desta vez parece que a mão lhe treme enquanto aponta para o alvo. Escudado numa armadura frágil de votos sem validade e sem possibilidade jurídica de concorrer como independente às eleições legislativas, Alegre corre o risco de ver a sua 'força' pulverizar-se num ápice, se continuar, romanticamente, a vender sonhos na praça pública e a prometer algodão doce aos esfomeados. Se a sua voz é a de uma esquerda menos enfeudada nos interesses político-económicos, então não diga duas coisas distintas em menos de uma semana: é que pelos vistos, Manuel Alegre até quer continuar no Partido Socialista como deputado e, a ser assim, terá que engolir o programa do 'Engenheiro'. Então não se 'arme aos cucos', tentando pôr ovos nos ninhos alheios, se está bom de ver que, apesar de gigante, continua a preferir conviver com pigmeus...»

(da leitora Nilza Mouzinho de Sena -Professora Universitária ISCSP - UTL)

2 comentários:

joshua disse...

Brilhante observação, Nilza!

Anónimo disse...

Excelente comentário.
E que tal começar a escrever aqui no blog?
Tem a palavra o João Gonçalves...