4.9.08

A MÃO NO OMBRO

Como se tu alumiasses
ainda
cada degrau, cada palavra,
e a noite não fosse
a única porta estranhamente
branca,
eu subia sem conhecer o ombro
onde apoiava a mão.


Eugénio de Andrade, Rente ao Dizer, 1992 (via Tudo o que não escrevi, EPC, 2º volume)

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