Celebra-se hoje o aniversário do nascimento de António de Oliveira Salazar. Em tempos de crise partidária, de amoralidade política e de mimetismos autoritários em versão democrática, parece-me pedagógico - outra vez a "juventude" - lembrar aquele que é, ainda agora, para o bem e para o mal, a "referência" do Portugal contemporâneo. Tal como toda a gente foi "soarista" uma vez na sua vida "abrilista" ou pré, também toda a gente terá sido "salazarista", ou anti, uma vez qualquer, por motivos distintos. Quem foi, então, António de Oliveira Salazar? Nasceu no dia 28 de Abril de 1889. Apenas com 22 anos, já era um polémico cronista de O Imparcial, o jornal do Centro Académico da Democracia Cristã de Coimbra, com o pseudónimo de Alves da Silva, por causa da ditadura republicana. É aí que estabelece os "princípios orientadores". Atribuir, em qualquer regime, limitações de carácter moral ao Estado, considerar essencial o problema educativo, advertir que a vida política se funde num todo de que faz parte a vida civil, religiosa e administrativa, a defesa de uma hierarquia e um conceito de função nacional, eis, em resumo, os registos que nunca abandonou. A ditadura de Afonso Costa suspendeu-o do exercício de funções docentes, na Universidade de Coimbra, em 1919, com a acusação de que fazia “propaganda contra o regime republicano”. Foi reintegrado após um inquérito onde se defendeu com o opúsculo A minha defesa. Em 1921, desce ao Parlamento em Lisboa onde ficou apenas um dia, após uma campanha em que definiu o essencial do “problema português”: carência solidária de competência, direcção e valores. No final da Guerra 14-18, Salazar torna-se conhecido na opinião pública e na opinião que se publica pela sua competência académica, por afirmar, sem tergiversações, a insuficiência da política, pelas suas opiniões acerca da necessidade de habilitações dos quadros administrativos, pela defesa do fortalecimento da direcção do Estado, sem prejuízo da sua dependência da moral e da lei, o que o afastava do totalitarismo então em voga. Reconhece como menor qualquer solução política que subalternizasse a solução de problemas mais profundos ou os desse como implícitos na política. Influenciado por Charles Maurras, Salazar é o doutrinador pré-político que dava a primazia à sociedade como um todo e que execrava os que a viam como mero somatório de votos. Como ministro das finanças, em 1928, equaciona "os problemas" do país numa “ordem” que ficará célebre: o financeiro, o económico, o social e o político. Sobre este último, Salazar é claríssimo: “é impossível admitir que este país arraste uma existência miserável entre dois únicos governos – demagogia e ditadura mais ou menos parlamentar”. O regime da Constituição de 1933 estaria, assim, para além do individualismo, do socialismo e do parlamentarismo, com a preponderância do executivo e a concepção de um Estado forte, subordinado à moral, ao direito e ao conceito de nação. A União Nacional, organismo político não partidário, é a resposta, no plano da “sociedade civil”, aos propósitos institucionais. Estava criado o Estado Novo que assentava fundamentalmente na indiscutível autoridade do chefe do governo - Salazar - alicerçada na obra já realizada frente a uma oposição que não desarmava e que, por isso, era alvo de medidas repressivas por “divergência de opinião”. A situação internacional – com a emergência dos totalitarismos na Europa e na URSS -, a referida autoridade e a contenção do protesto interno dão a Salazar as condições para exercer um poder não escrutinado que, apesar disso, gerava confiança e apoio seguros. A evolução na ordem interna e externa leva-o a, primeiro, acumular a pasta da Guerra e, subsequentemente, a dos Negócios Estrangeiros que dirigiu até 1947: adaptação às emergências sem quebra de unidade política nacional própria. Salazar garantiu a sobrevivência nacional “cobrindo” diplomaticamente as duas fronteiras, a marítima, pelo reforço da Aliança Inglesa, e a terrestre, pelo Pacto Ibérico de 1939 assinado com o novo regime de Franco. “Não queremos eximir-nos a confirmar em momento tão grave a aliança inglesa”, escrevia Salazar numa nota oficiosa de Setembro de 1939, bem como, depois da invasão da Polónia pelas tropas nazis, dirigiu uma palavra de “funda simpatia à nação polaca à qual queremos prestar a homenagem devida ao seu heróico sacrifício e ao seu patriotismo”. Em 40, assina a Concordata e o Acordo Missionário com a Santa Sé. E recebe, no ano seguinte, o grau de doutor honoris causa em Direito Civil pela Universidade de Oxford. Em 43, dá-se a cedência das bases aéreas dos Açores aos aliados. Com o fim da II Guerra, a paz configura uma conjuntura internacional completamente diferente daquela em que Salazar começara a trabalhar. As concepções originárias iam ser postas em causa. A oposição queria eleições. Teve-as e, naturalmente, perdeu-as. A táctica de Salazar consistiu em salientar a alternativa da escolha entre o seu governo e o regime anterior - a ditadura republicana - inventariando os seus “perigos”, apesar da carência de uma política económica e educativa e da insuficiência diplomática da Aliança Inglesa. É neste contexto que, logo em 49, Portugal adere à NATO e são ponderados novos problemas: o fomento industrial, a eventual não aceitação internacional do regime agravada pela ausência de opções políticas internas reais e o problema da errada pirâmide da distribuição dos rendimentos. A insatisfação interna teve o seu auge com a candidatura do antigo serventuário do regime, o General Humberto Delgado. Agrava-se com a questão ultramarina, primeiro com a ocupação de Goa pela Índia, depois com o terrorismo nas colónias africanas. Por isso, Salazar regressa, em 1961, à pasta da Defesa, e transforma a solução dos problemas do Ultramar no objectivo fundamental para a continuação da comunidade nacional, descurando todo o resto. Era aí que estava, não exactamente iludido acerca da natureza humana e do mundo, quando o acidente de São Pedro do Estoril o surpreendeu, em 1968. Foi substituído nas funções de presidente do Conselho em 27 de Setembro do mesmo ano e faleceu no dia 27 de Julho de 1970. No último ano de lucidez, Salazar recebeu por diversas vezes o seu ministro dos Estrangeiros, Franco Nogueira. "Todos os dias, quase a todas as horas, vejo o fim da minha vida", confessou-lhe em Abril. E, já depois da queda fatal no Estoril, ainda lhe disse: "no dia em que eu abandonar o poder, quem voltar os meus bolsos do avesso, só encontrará pó". Quando morreu, tinha, na única conta que possuia e onde lhe era depositado o ordenado, cinquenta contos. Salazar apareceu depois da ditadura da República - contra ela -, ficou à frente da sua durante quase meio século, gerou toda a oposição ao Estado Novo, desde o PC até à oposição "burguesa" - a do exílio e a das prisões - e "fermentou" as Forças Armadas da "guerra colonial" que o derrubaram depois de morto. A diferença entre Salazar e as "elites" ditas democráticas é que, sendo todos manhosos, a manha de Salazar não lhe "puxava" para a trafulhice e para a cupidez insaciável. O século XX, português e político, foi o século de Salazar. E a estupidez revolucionária de apagar vestígios em pontes, estátuas e ruas, não rasurou a coisa.
29 comentários:
..."carência solidária de competência, direcção e valores"... São ainda hoje os principais problemas. No entanto, em 1945-47 podia ter feito o mesmo que Franco fez, poupando-nos a muitas contrariedades.
"E a estupidez revolucionária de apagar vestígios em pontes, estátuas e ruas, não rasurou a coisa." Pois é conforme lhes dá o "vento" tão depressa gritam e berram contra o Museu Salazar como sltam e esperneiam aa favor do antigo edifício da PIDE... Vá uma pessoa entender estas cabecinhas....
Concordando com Nuno C.Branco devo acrescentar que poderia ter mais longe e afastar-se do poder. A Espanha, apesar de tudo, teve mais "sorte" com o seu ditador.
Meu caro João, os meus respeitosos cumprimentos. 20 valores. Bela prosa! Gostava de saber escrever assim. Pode orgulhar-se, merece todo o respeito e admiração. O seu blogue é uma escola. Continue, que cá estarei para visitá-lo todos os dias.
Apoiado!
Bom texto, João!
O termo "manha" apouca-o.
Por que não uma pessimista lucidez?
Afinal ele "tirou-nos o retrato em corpo inteiro" - e a revelação excluía ,definitivamente, uma atitude optimista.
Os dias de hoje "parecem" dar-lhe razão...
Pois podia Nuno,mas não o fez por variadíssimas razões, uma de entre elas era de que iria haver uma 3ª guerra mundial e o ultramar era necessário e dessa nem o Adriano Moreira o conseguiu demover.
Viva Salazar!
O facto do sec XX portugues ter sido o seculo de salazar não faz com que tenhamos que levar em cima com a pedagógica biografia do homem, que, aliás, nunca passou de um ditadorzeco. Tambem o seculo XX cubano, por exemplo, foi o seculo de fidel. A mensagem que V. passa não é nada mais do que a mera admiração pelo poder, ou melhor, por aqueles que o detêm. Qualquer dia ainda fica admirar Sócrates.
Catarina
Aniversariantes que contam em www.nempaznemguerra.blogspot.com
Este cheira a bafio
Ninguém é perfeito.Salazar não era perfeito,infelizmente.
Mas...um ditadorzeco?!
Estude mais e tire os drives que lhe implantaram no cérebro.
Há figura mais importante,pela acção política,desde o fim da monarquia?
Bem talvez Soares,porque conseguiu aniquilar seis séculos de história pátria.Mas não o fez sózinho.
Acontece que pela ignorância vilmente semeada não têm noção do que lhe devem.
Se Cristo carregou os pecados do mundo,este parece carregar os pecados da nação.
Quando o tempo recentrar a verdade histórica,os corsários da terceira república conhecerão o pó do esquecimento por contraponto ao grande estadista.
não sei o que lhe dizer. Se lhe dou os parabéns pelo estilo; ou se o critico pela parcialidade. é o século de Salazar, pois. Mas isso não devia ser dito dessa maneira...
um abraço,
j. ricardo
www.rescivitas.blogspot.com
Não lhe puxava para a trafulhice? E as eleições tão livres como na livre Inglaterra? Houve-as?
Não roubava, quererá Vc dizer. Staline ou Castro também não. Para que o fariam?
Em compensação, também acho que rebaixar a "manha" o que era uma estratégia construída sobre um conhecimento profundo do terreno parece-me um plebeísmo simplificador.
Caro João Gonçalves
A sua biografia de Salazar está excelente. É talvez a melhor síntese biográfica que li de Salazar. Quase tudo o que se escreve é tolhido pela cegueira da idolatria ou do oposicionismo. É difícil encontrar análises desapaixonadas sobre Salazar e o Estado Novo.
Tirando a parte inicial e a final, merecia publicação na melhor enciclopédia.
Só me parece pouco defensável do ponto de vista historiográfico referir-se à Primeira República como uma "ditadura", tão diferentes que foram os 16 anos deste regime.
Quanto a Salazar, a sua grandeza intelectual e moral incomoda a mediocridade reinante.
Vivi muitos anos na "tal" ditadura.
Contudo, após 'ler, estudar e meditar', parece-me que o maior defeito do Salazar foi a honestidade : para esta conclusão, estabeleci relação com os procedimentos sociais da actualidade, tendo em conta o "começo" da democracia que 'inundou' o país.
Caro João,
Se o homem era assim tão bom, não percebo como é que nos deixou o País que herdamos, atolado numa guerra sem solução, analfabeto, com fugas para as "Franças" dos mais audases, com Censura, Pide, eleições falsificadas, etc.
Enfim, esquisofrenias ...
antónio "góis" salazar! o cheiro é todo o mesmo...
Com as suas sombras e as suas limitações (quem as não tem ou teve,como as da 1ª república) Salazar foi um grande governante para este pequeno (a fingir de imenso)país,até ao fim da Guerra,durante a qual desenvolveu uma inatacavel acção diplomática. A partir de 46-47 começaram a ser mais importantes os defeitos do que as qualidades. Limitações na modernização do país,económica e cultural,fruto de uma rural desconfiança das "modernices" e dos Estados Unidos,limitações na visão histórico-politica que permitiria preparar "tant bien que mal" uma evolução para o Ultramar conducente a autonomia para independência,que por defeituosa que fosse não seria pior que o que depois se viu e sofreu. O Brasil foi independente "sem dor",e a hipótese da "venda das colónias"ainda era conversa recorrente no século XIX. Esse foi o erro magno de um notavel Homem de Estado,que outrossim ficaria com um nome e imagem brilhante na história de Portugal.
Independentemente da figura histórica que marcou Portugal no século XX, parece indiscutível que a perseguição que os jacobinos da primeira República lhe fizeram, o mesmo fez Salazar em relação aos seus opositores. Com excepção dos comunistas que tinham um projecto de governo bem mais totalitário que o do Estado Novo e que, por essa razão, não tinham lugar no regime instituído pela revolução do 28 de Maio de 1926, não se justificam, de todo, as perseguições a muitos intelectuais que não se revendo nos ideais marxistas-leninistas foram vítimas da ditadura do regime então criado.
Caro João Gonçalves
Salazar foi brilhante na formulação económica que permitiu anuir e restaurar a nossa balança e daí criar uma estabilidade social – até 1943/45 – sem paralelo na europa de então (entre 1920 e 1974 Portugal quase duplicou a sua população!!) mas falhou na leitura socio-política que adviu após a II Guerra. Outros dois erros graves:substimou o folclore político português e não soube repor a história de Portugal restaurando o regime monárquico.
Anónimo disse...
"....limitações na visão histórico-politica que permitiria preparar "tant bien que mal" uma evolução para o Ultramar conducente a autonomia para independência,que por defeituosa que fosse não seria pior que o que depois se viu e sofreu. O Brasil foi independente "sem dor",e a hipótese da "venda das colónias"ainda era conversa recorrente no século XIX. Esse foi o erro magno de um notavel Homem de Estado,que outrossim ficaria com um nome e imagem brilhante na história de Portugal."
12:52 AM
A respeito do ultramar português é importante ter presente aquilo que o antigo lider da Rodesia, Ian Smith, que conheceu pessoalmente Salazar, de quem era admirador, e que conhecia profundamente a situação na Africa Austral nas decadas de 1960 e 1970, escreveu nos livros que mais tarde viria a escrever. E o que Ian Smith diz é ter ficado profundamente convicto de que se Salazar tivesse vivido mais dez anos, com lucidez para continuar a ser presidente do conselho, o destino de toda a Africa Austral teria sido completamente diferente.Não teria acontecido, na opinião de Ian Smith, a derrocada do ultramar português.
Nunca saberemos a resposta à questão do que teria acontecido no ultramar se Salazar não tivesse tido o acidente que o vitimou em 1968. Será que Ian Smith tinha razão?
Os livros de Ian Smith são estes:
http://www.amazon.com/Bitter-Harvest-Betrayal-Dreadful-Aftermath/dp/1903402050/ref=sr_1_4?ie=UTF8&s=books&qid=1209321584&sr=1-4
http://www.amazon.com/Great-Betrayal-Memoirs-Douglas-Smith/dp/1857821769/ref=pd_sim_b_title_1
Dr. Jão Gonçalves, só hoje tive o privilégio de entrar no seu Blog e por sorte minha no dia em que faz uma crónica sobre as memórias do Prof. Dr. Antonio de Oliveira Salazar.... Crónica, magnifica.. parabéns!!! um grande abraço, Ulisses Costa.
"Quando morreu, tinha, na única conta que possuia e onde lhe era depositado o ordenado, cinquenta contos."
Cinquenta contos? Era só isso que valia o país de que ele era dono? Estávamos mesmo mal quando ele morreu.
Pobre eram os outros portugueses, João Gonçalves, na sua maioria, sobretudo a população rural. Não os insulte.
Quanto a vigarices que ele não terá praticado...bem, diz-se também do Estaline e do Hitler que eram honestos até ao tutano. O Pol Pot também parece que era honestíssimo. Isso é mesmo importante? Bom, vamos lá então às vigarices: quer começar pelas eleições, João Gonçalves?
Pedro
"não se justificam, de todo, as perseguições a muitos intelectuais que não se revendo nos ideais marxistas-leninistas foram vítimas da ditadura do regime então criado."
"não se justificam..."? Foi então um erro? Este comentário é de quem não percebe a natureza de uma ditadura.
Insultuoso este txto. Profundamente insultuoso.
Ana
Quando será que o POVO PORTUGUÊS paga a divida pesada que tem para com SALAZAR?
Como homem, como português e como Cristão, tenho múltiplas razões para reafirmar o meu mais reconhecido agradecimento a SALAZAR.
- Devo-lhe os inestimáveis beneficios da PAZ e da ORDEM, indispensáveis condições de base à realização de qualquer tarefa construtiva;
-Devo-lhe a valorização evidente da Nação Portuguesa, operada nos seus diversos sectores, ao longo de 40 anos, sob a sua firme e sábia orientação;
-Devo-lhe a definição dos sãos princípios sobre os quais tem de assentar a defesa da MORAL, da JUSTIÇA, da ORDEM, do TRABALHO e da FAMILIA;
-Devo-lhe a intransigente defesa da PÁTRIA contra o comunismo e contra o terrorismo, armado ou não,
que externa e internamente visa a divisão e a subversão dos portugueses;
-Devo-lhe o sacrificio total da sua vida ao serviço da PÁTRIA à qual me honro de pertencer;
Sei bem que jamais poderei pagar tão pesada divida, mas reduzirei de algum modo o seu peso exaltando as virtudes da honra, carácter, honestidade e amor Pátrio que me transmitiu.
Não percebo tanta raiva ao Salazar!
E porque não ao Mário Soares, ao Almeida Santos (que era advogado de Salazar)? não sabiam? um blogue tão politizado!?...
E o Manel Bullosa que financiou o EXÍLIO DOURADO de Mário Soares em Sº Tomé e em Paris, até ao dia em que se chateou .
Havia Censura? Havia
Havia a PIDE? Havia
E a agora há o quê? Liberdade? Tudo o que opinamos aqui é lido visto e revisto, quando não tentam entrar nos PCs.
Imprensa livre?! Poupem-me! Estão comprados p'lo grande capital.
O "Portugal Profundo" ia sendo retirado do ar por causa do "Sr.Inginheiro"
Tanto ódio porquê? Expliquem-me! É que, sabem?..., todas as moedas têm o seu reverso!
Tudo bem... Agora que o salazarismo já lá vai... e o soarismo idem aspas... O maior dos grandes portugueses... E o António de Lisboa Pádua e Todo O Mundo...? Pois só num ponto me dói não anematizar o de Oliveira Salazar... leve lhe seja a terra de que não volta... é que culturalmente no seu tempo tivemos o mais confrangedor dos marasmos estagnações e uma devastadora abolia... agora também a anomia e a falácia do trivial campeiam, mas que ao tempo do «ditador» fomos pobres melhor paupérrimos verdade seja dita... e se calhar o que é mais dramático contentes da nossa pobre casinha. E o inóquo do discurso do «político» a quem infelismente tendemos a regressar? Não digo que Salazar fosse grande pois nunca morri de amores por ele -- numa coisa no entanto de acordo não se serviu... serviu-nos ... quanto pôde seu estro canhestro... e sua letra bonita de despachar escudos fortes... Os tempos são necessariamente outros -- numa só coisa de acordo -- como disse J G por testemunho dos Ministro Franco Nogueira «dos orgulhosamente sós» o homem virou e revirou o forro dos bolsos e só pó bafiento... Hoje engordam e enriquecem ministros ex-ministros presidentes expresidentes fundações e fundamentações futebolísticas e outras e o «o zé continua a andar a pé...» Os ricos de uma figa que sempre governaram «isto» nos sucessão ou ou casta... esses sim ca...sentença e julgam-se os «donos da História» .... mas creiam-me -- e longe de mim tal voto em tempos outros como disse hoje nem mil pides acabavam ainda que quisessem com a CORRUPÇÃO.
âNGELO oCHôA DE CORAÇÃO LIBERTO E «NOUTRA»... COM CRISTO-REI semper. nOTA FINAL: cASO NÃO ENTENDAM POUPEM-ME O MIMO DE «RACA-LOUCO» QUE feliz ou infelismente entendo as «malhas que o Império tece...»
Caro João Gonçalves, o ressentimento ideológico tolda-lhe a clareza de raciocínio ou pretenderá menosprezar a inteligência dos seus leitores? Não, penso que deve pretender reescrever a história, tal como Salazar.
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