6.2.07

O MEDALHADO

Corre por aí uma vaga indignação pela circunstância do chefe de Estado ter atribuído uma venera ao ex-PGR, dr. Souto Moura. Não percebo porquê. Em trinta anos de democracia, não contando com as cerimónias fúnebres do 10 de Junho na Praça do Comércio presididas pelo Almirante Américo Thomaz, não houve inútil nenhum que não levasse para casa uma medalha por isto, por aquilo ou por nada. Souto Moura, convém recordá-lo, é um produto de duas ou três mentes brilhantes: o dr. Sampaio, o dr. António Costa, o engº Guterres e o então chefe do PSD, o extraordinário dr. Barroso, que deve ter sido "ouvido". Querem "mais" regime do que isto?

2 comentários:

Anónimo disse...

...depois de indultar um foragido ...premeia alguém que deixou por prender alguns prevaricadores ...enfim, todos a trabalhar para que as prisões não estejam superlotadas ...
FORÇ'AÍ!
js de http://politicatsf.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Durante a III República, nomeadamente nos consulados de Soares e Sampaio, foram atribuídas condecorações a torto e a direito, fazendo lembrar os títulos concedidos no fim da Monarquia Constitucional, designadamente por D. Luís e D. Carlos (um prenúncio de fim de regimes). Aliás, a Monarquia Constitucional (cem anos) atribuiu mais títulos que todos os reis de Portugal, desde D. Afonso Henriques até D. João VI!!!

Há critérios e critérios! Agora, que se conceda a Souto Moura a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, depois de um mandato inqualificável, cujos contornos ainda estão por clarificar (e não se sabe se a verdade alguma vez surgirá), é uma infâmia.

Um Português Indignado