Por causa das "engenharias financeiras" e da psicopatia do défice alimentada a partir de Bruxelas, os anacoretas do costume querem um "pacto de regime". Em português corrente, este "pacto" corresponde a disssolver os problemas num imenso caldeirão onde cabem todos os temperos. No fundo, é a velha ideia da "poção mágica". Numa democracia adulta, com sistemas produtivos robustos, uma sociedade civil maior de idade e com um Estado forte sem ser autoritário, normalmente não há lugar para "poções mágicas". Entre nós, nenhuma destas três condições se verifica, como se sabe. O falhanço agora imputado ao evangelista Bagão não é verdadeiramente dele nem de quem o antecedeu. É nosso. Tudo o que se prometer nesta matéria deve, por isso, ser olhado com imensa desconfiança. Há coisas que nos estão na massa do sangue e não há nada a fazer. Como não podemos fechar o País, resta aos protagonistas partidários alguma clareza nos propósitos e muita honestidade intelectual na concretização, se esta for verosímil. Tudo o que cair fora disto, é "poção mágica". Em português corrente, treta.
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