4.12.04

SE

Umas breves horas após ter escrito o post anterior, a SIC Notícias mostrou Santana Lopes, no seu inequívoco esplendor, a discursar aos militantes na Póvoa do Varzim. Num estilo entre o directo e o insinuado, Lopes atacou Sampaio a quem acusou, por outras palavras, de ter mentido. Não uma, mas três vezes, entre segunda e terça-feira passadas. Chegou a estabelecer uma relação entre a posição do Presidente e o jantar de comemoração dos 80 anos de Mário Soares. E continuou por aí fora a "disparar" contra Sampaio que o impediu de prosseguir uma tarefa que ele próprio inviabilizou. Este espectáculo profundamente edificante só é possível porque o mesmo Sampaio o permitiu há quatro meses. A circunstância de não ter aberto a boca para se explicar, enrodilhado que está na argumentação constitucional, leva a que Santana "monte" entretanto o cenário que mais lhe convém. Talvez agora se aperceba do género de rapaziada em quem confiou, particularmente do primeiro de todos. Se isto fosse um país a sério, obviamente demitia-o.

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