O dr. Vitorino, apresentado ao país como "do melhor" que o PS tem para nos pastorear, recua sempre na exacta proporção em que é solicitado. É uma possibilidade permanente, porém nunca concretizada. É uma constante promessa luminosa, de matriz internacional, que nunca chega a dar luz. Envolto no mistério grave que se adquire em Bruxelas, Vitorino já negou ao seu partido praticamente tudo. Conjuga frequentemente o verbo "hesitar", o que em política é uma notória desgraça. Nem sei mesmo como aceitou "coordenar" a elaboração do programa de governo do PS. Suspeito que olha para a política doméstica com algum desdém. Por isso, a que propósito é que poderia ser candidato pelo Porto, não deixará ele de pensar? Confesso a minha falta de pachorra para o dr. Vitorino. Um partido que aspira à maioria absoluta e que tem um líder legitimado democraticamente, não precisa dar corda à pequena vaidade de um inequívoco talento como tantos. Por que raio é que hão-de estar sempre à espera dele? Será que na 25ª hora também vão esperar por ele, o insubstituível, para Belém?
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