Desde o "episódio" Felgueiras que o dr. Assis, do PS/Porto, não acerta uma. O sentido de oportunidade (estou a ser terrivelmente generoso no uso da palavras) de Assis, levou-o a apoiar Pinto da Costa na sua eterna diatribe contra Rui Rio. Abriu-lhe literalmente as portas das autárquicas contra o actual presidente. E não se coibiu de "cavalgar" a habitual demagogia populista de Pinto da Costa a benefício partidário. É bom lembrar o dr. Assis que os "interesses corporativos", contra os quais se tinha manifestado José Sócrates na véspera, estão demasiado bem implantados no obscuro mundo da bola. Neste sentido, não há propriamente um "futebol bom" e um "futebol mau". A promiscuidade foi levada demasiado longe para que haja caminhos de regresso. As afirmações do dr. Assis são um sinal lamentável da continuação dessa promiscuidade. Se de alguma coisa valeu a vitória de Rui Rio há três anos, foi justamente ter representado a supremacia do poder político democrático sobre o folclore populista mais reles. Para um partido que aspira- e bem- à maioria absoluta nas eleições legislativas de Fevereiro próximo, dispensam-se "contributos" deste género. Assim, não.
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