17.7.09

COSTA E O SEU CÍRCULO


O meu amigo Medeiros Ferreira, uma vez convidado a comparecer no Jardim de São Pedro de Alcântara aquando do remake do dr. Costa, aderiu de imediato à "frente" montada contra a alegada "fronda" representada por Santana Lopes. Sucede que a "frente" do dr. Costa é mais um círculo de que outra coisa qualquer. Costa, o segundo do partido de Sócrates, precisa distanciar-se, pela esquerda, daquela nebulosa estéril personificada pelo líder. Não é por acaso que Alegre - o verdadeiro autor do "acordo coligatório" com Roseta - já fez saber que aprecia a ideia de mais "acordos coligatórios" quixotescos (do PS com amigos dele, porventura também do PS) pelo país fora. Ou que Costa, na conversa familiar das quintas-feiras à noite na Sic-Notícias, tivesse elogiado tanto a "luta pela liberdade" do PC por causa das diatribes do dr. Jardim. Se razões não houvesse para extirpar da Constituição quaisquer referências ideológicas (porque é disso que se trata e não da "história"), o patético circo "anti-fascista" de fachada montado em torno da recandidatura de Costa a Lisboa bastaria para fornecer uma. Costa esteve politicamente bem na entrevista a Judite de Sousa (o que só releva para efeitos da vida interna do PS e da dele) mas, quanto ao mais, parecia um mero intendente à deriva no meio do caos. Costa tem tanta vocação para presidente de Câmara quanto eu. Lopes é apenas o pretexto. O que o círculo/circo da sua recandidatura pretende frivolamente exibir é a revolta por cinco anos de Sócrates à frente do maior partido dito da esquerda, prestando-se Costa a fazer de Iago do seu "senhor". A jurada (e repetida publicamente até à náusea) amizade ao líder - quando se sabe que em política não há nem gratidão nem amizade - faz parte deste "círculo freudiano" apascentado, no fundo, pelo ressentimento e pela perda de identidade. Para gáudio do PC e do Bloco que aparecem, em Lisboa, sem "complexos". No imaginário destes esperançados desesperados, Costa, o "fiel amigo" dos romances e das peças de teatro, é a derradeira oportunidade para a "redenção". O resto é literatura. E da má.

11 comentários:

J.Monteiro disse...

A prosa manhosa do Costa assenta num mito que é muito difundido em Portugal.
A verdade é que o PCP nunca lutou pela liberdade!
Lutou sempre pelo poder!
Seria bom que as pessoas percebessem de vez.
O PCP é inimigo da liberdade,tal como aquela aberração que dá pelo nome de BE.

Anónimo disse...

Acho lamentável a inclusão do Zé e da Roseta na lista do PS.

Essa Senhora é uma carreirista de meia- tigela. Não há nestas candidaturas uma gota de ética nem um pingo de interesse pela CIDADE.
Será que o POVO de LISBOA merece isto?????????? a única forma de dar uma lição a esta gente, fazendo-os perceber que em política não vale tudo, É DERROTÁ-LOS NAS ELEIÇÕES.
Na entrevista que António Costa deu à Judite de Sousa manifestou o sua intenção de melhorar os transportes públicos na CIDADE.

NÃO DISSE COMO.Também não lhe foi perguntado.

Como o fará se a CML não gere nem o Metro nem a Carris.

No Metro ainda tinha um representante no Conselho de Administração cuja tarefa foi o de PROVEDOR ARBITRAL. Bem ilucidativo do interesse que o Presidente da Edilidade nutre pelos transportes públicos e pela mobilidade na CIDADE

Álvaro Pais disse...

Deplorável é o mínimo que se pode dizer do facto de Pacheco Pereira e Lobo Xavier fazerem de conta que não sabem que Costa é candidato à presidência da CML e continuarem a "debater" com ele...
Mas caem todos no ridículo. Ontem, "et pour cause", o programa nem ao de leve referiu o assunto do momento: o "casamento coligatório!" do dito Costa com a Roseta.
Eis como, de uma penada, se esvai a credibilidade que era suposto assistir a certa gente...

Domingos disse...

O João está mesmo convencido que o facto de se afirmar publicamente amigo do Medeiros Ferreira lhe acarreta vantagens ou algum lugar no purgatório?
Se existe mesmo amizade, entre si e o Medeiros Ferreira, acha necessário declarar publica e insistentemente essa paixão?
Por ser leitor assíduo dos seus textos acho que tenho já o direito de reclamar contra o que não gosto. Como é evidente são apenas detalhes, caso contrário já não seria leitor.

Cumprimentos

João Gonçalves disse...

Eu sou amigo dos meus amigos. Ponto.

O joão é maricas disse...

PODES NÃO PUBLICAR ISTO.

PALHAÇO!

Nuno Castelo-Branco disse...

Todo este "acordo coligatório" faz de imediato recordar o sistema AMIBA, mas neste caso, volta a unir-se numa única célula. Tudo isto é bastante contrário às leis da natureza, mas como vivemos em véspera de carnaval, tudo bem.

José Peralta disse...

Mas que pãnico se apoderou dos "santanetes", por causa do apoio de Helena Roseta e de outros, alguns do PSD, a António Costa !!!
Então não têm a vitória do Santana como certa ?
E ele não tem o apoio de quatro Partidos quatro, entre os quais...o PPM ???? (Desculpe-os Arquitecto Ribeiro Teles, eles não sabem o que fazem !)
Depois do Santana o têr tratado de maneira tão indecente,tão ignóbil,"despedindo-o" sem lhe dar "cavaco", quando assumiu a presidência da Autarquia, agora o PPM (deve sêr o do "rouxinol" Nuno da Câmara Pereira, que não o "seu" PPM ...) agora apoia o snr. Lopes ??????
Olhe, Arquitecto Ribeiro Teles, parafraseando João Gonçalves,"os militantes da seita...que lhe expliquem porquê" !!!

Lura do Grilo disse...

Azeda a coisa com a proximidade das eleições: o circo está a ser montado.

Anónimo disse...

Suponhamos que o 8º suspeito do caso Freeport é, entretanto, constituído arguido? Quem melhor do que António Costa para substituir o lider em vésperas de eleições? Depois do caso Freeport a que se junta a trapalhada em torno do caso TVI/PT, mais a destituição do Manuel Pinho, para além do escândalo da concessão à Liscount/Mota Engil da exploração do porto de Lisboa quando tudo aconselhava um concurso público, tudo indica que muita coisa pode mudar até Setembro. Aguardemos pelos próximos episódios desta novela em torno do PS.

Anónimo disse...

Ó Zé Peralta, já fazias cá falta!...

Agora a sério: o arquitecto é um pós-pós-pós reformado que ainda arranja uns cargos para receber uns cobres. Era isso que acontecia na CML do Soares júnior.

PC