27.9.08

O ACORDO


Anos a fio (trinta...), Luís Francisco Rebello - o nosso melhor especialista em "direito de autor" e grande estudioso da história do teatro - presidiu à Sociedade Portuguesa de Autores. Tratou-a, tipicamente, como se fosse dele. Saiu em 2003 e deixou à SPA uma gestão, no mínimo, discutível. Mesmo assim "processou-a". O Expresso conta que lhe propuseram um acordo que na altura recusou e que aceitou agora. Rebello largou o tribunal a troco de 19o mil euros de indemnização e com uma "tença" mensal vitalícia de 3 mil euros. Se calhar, e em apenas cinco anos, a SPA passou a nadar em dinheiro para chegar a este acordo. Ou, em alternativa, Rebello não "geriu" assim tão mal nem tão "familiarmente" a instituição. Seja lá o que for, estão muito bem uns para os outros: Rebello, José Jorge Letria e Manuel Freire, estes dois da actual direcção. Afinal, sempre são três emblemáticas "conquistas de Abril". Rebello foi "compagnon de route" do PC após o "glorioso" evento. Mais recentemente, numa peça de teatro que tinha enfiada no armário, revelou-se muito "aberto" em matéria de costumes. Pertence à redonda classe dos insubstituíveis que pulula um pouco por todos os sectores da vida pública portuguesa. O regime trata-os bem e eles nunca o desiludem. Que goze muito.

5 comentários:

Anónimo disse...

Para 'certa' gente, Portugal é o país, entre todos, onde se vive melhor.

Estou cansado de dar 'vivas' à democracia que ainda não se resolveu bater-me à porta.

Anónimo disse...

os corporativos tomam conta da cooperativa.
a esquerda festiva tem "cadáveres nos armários"

radical livre

Anónimo disse...

Luiz Francisco Rebelo é um caso típico dum PC sem escrúpulos.

Karocha disse...

Muito bom post João Gonçalves,é que eu conheço a SPA e os ditos Senhores!...

Anónimo disse...

Inspirados nesse Rebelo?
Comentário já com alguns dias;
O aparecimento da passmusica que visa cobrar direitos de autor,supostamente para os distribuir pelos músicos.
Este facto transformou-se num sério impedimento ao aparecimento de novos projectos musicais e outros projectos artísticos.
Os proprietários das casas sobrecarregados de impostos e de todo o tipo de taxas e de regulamentos fundamentalistas para cumprir,tem um resultado dramático que é o abandono e encerramento dos seus negócios,em Lisboa e arredores já são raríssimas as casa de musica ao vivo.
Quem não se lembra do caso da Sociedade Portuguesa de Autores,os músicos podem ficar descansados que não vão ver nenhum, estes tipos da passmusica vão enriquecer impedindo os novos artistas de se exprimirem.