7.9.08

A NOSSA ANGOLA

As nossas televisões - e os seus comentadores no "local" - estão muito satisfeitos com a vitória albanesa do MPLA em Angola. Por que será?

12 comentários:

Anónimo disse...

os vitoriosos não vieram à festa do avante porque precisavam de todos os votos.
na década de 60 privei com muita gente do mepelá num café da avenida de roma.
não desejavam a descolonização que se fez. não pretendiam uma guerra civil. sobretudo o António que seria o seu 1º presidente e que na altura vivia fora.entrou a tropa e lixou tudo.
nunca se fará a história dos movimentos aficanos de lingua oficial portuguesa.há demasiada má consciência de certos "santos" leigos portugueses

radical livre

Anónimo disse...

Se calhar porque a vitória foi angolana. Explique lá às comissões interncionais que presenciaram o acto isso de albanesas? Ou utiliza o adjectivo só pra encher?

Anónimo disse...

Pensava, que hoje, por ser dia do Senhor, Este me pouparia às explicações e opiniões de 'gente' de coluna vertebral direita (nada tem a haver com política) como Madail ou Vicente Moura.

Mas não ; mal sabia que, antes do final do dia, ainda tinha que 'digerir' a verbalização do Silva, o Santos Silva, aquele 'enorme' resistente, combatente e protagonista, com elevado sentido de estado, diga-se, do último "golpe de estado", episódio que 'pinga' na História como "Cavaco a Presidente".

Há pouco, referi as virtudes e os defeitos da Democracia : esqueceu-me de aludir o 'patético' !

Anónimo disse...

Por duas razões:1-O poder angolano comprou muita gente em Portugal a todos os niveis.Fenómeno já antigo.2-A ditadura socialista encapotada debaixo da qual vivemos gostaria de ter resultados eleitorais comparáveis aos do MPLA e livrar-se desta chatice de eleições livres pelas quais vai ter de passar em 2009.A comunicação social nacional autorizada em Angola limita-se a exprimir estas duas realidades.São também os mesmos que no que respeita às eleições norte-americanas são todos Obamistas.

a.leitão disse...

Isto há cada pergunta!

aviador disse...

Ainda estão imbuídos do espirito slazar-marcelista e prequiano!
O que é que havia de ser?
Espero que, ao menos por uma vez. este meu comentário passe.

João Gonçalves disse...

É tão imbecil e cheio de erros que "passou" como contra-exemplo.

joserui disse...

"Se calhar porque a vitória foi angolana."
Deve ser isso! E portuguesa também, pelos menos de certos e determinados portugueses.

"É tão imbecil e cheio de erros que "passou" como contra-exemplo."
:)

-- JRF

Anónimo disse...

Eu explico. Não a abordagem da imprensa portuguesa, porque essa é o que é e por ser o que é, será sempre aquilo que é. Ou seja: é incoerente. Tem dias. Reacção por impulso. Mas Angola. Vamos ao que interessa: 1 - Angola tem seis anos como país em paz, 33 como país independente e, mais coisa menos coisa, 500 como parcela geográfica delimitada. Um país em guerra não pode ser um país norganizado. Um país em guerra gera pessoas pobres, na sua maioria, e milionários, poucos. O normal. A maioria da população não percebe a diferença entre um boletim de voto e uma ficha de inscrição no MPLA. Mas sabe uma coisa: os 27 anos de guerra foram um desastre! Apostaram agora no MPLA porque o MPLA, tirou das plataformas petrolíferas para meter nas estradas: alcatrão. Fez hospitais e escolas... Onde nada havia, continuou a haver pouco, mas muito em comparação com o que havia. A esmagadora maioria da população, mais ou menos proporcional aos votos dados agora ai MPLA, vive abaixo da linha de pobreza tolerável. Mas para as referências europeias. Em África, a realidade sociológica impõe um visionamento do cenário diferente. Vivem estas pessoas sem água potável, luz... etc. Mas se os filhos hoje forem à escola e ontem não iam, está claro que isso conta. Que Angola tem uma elite estranhamente rica e milhões de pobres normalmente pobres, todos o sabem. Os musseques em Luanda, Lobito, Huambo... são a parte maior da Angola das pessoas. Mas se estas pessoas começam a ficar rodeadas de novas estradas, que podem pensar senão que algo está a mudar?? E actuam em conformidade. Mas vá lá, admitam que daqui a quatro anos haverá novas eleições. E como vai ser. Diz-se em Angola que ou o MPLA se põe em sentido ou leva a mesma porrada que agora levou a UNITA. Porque o povo é iletrado mas vê as novelas da GLOBO e da Record. A democracia é isto. Muito cerebral para quem dirige, muito emotiva para as massas. Este resultado, no imediato, castiga a UNITA, mas, num prazo alargado e com legislaturas normais, é o MPLA quem vai ter que pedalar mais. Mas porque agora acabaram as desculpas!!! Para a UNITA, logo a seguir a uma vitória, este seria o melhor resultado, Muito melhor que uma derrota à tangente. E para a estabilidade também.

aviador disse...

Fico-lhe muito reconhecido.

Quanto a imbecilidades, estaremos empatados.

Quanto a má educação reconheço a derrota!

Anónimo disse...

O resultado do MPLA em relação aos restantes está mais ou menos na mesma proporção que o financiamento e o tempo de antena de que beneficiou. Angola deveria mudar de nome: "Santos, Santos Lda". Com centenas de dólares por cabeça a entrar diariamente em Angola morrem, segundo a OMS quase 260 crianças em 1000 antes dos 5anos e logo ali .. tão perto das mais ricas moradias de África.

É obra ...
http://www.who.int/countries/ago/en/

Anónimo disse...

Comentando o comentário do "Anónimo" das 9:47AM, dois comentários. Perdoem-me as sucessivas redundâncias.
1 - Angola tem seis anos em paz porque o líder da oposição UNITA(com o qual não tenho qualquer afinidade electiva) foi assassinado.
Não foi capturado e não teve julgamento, deixando assim livre o caminho para um cenário de "partido único", que deu como alternativa aos UNITAs de entregarem as armas e absorvê-los pacificamente sem mais banhos de sangue. Muito bonito, mas não nos esqueçamos que a organização foi "decapitada".
2 - Os angolanos não apostaram no MPLA, os angolanos simplesmente não saberiam quais são as suas opções. Porque a máquina e a organização do partido que se eterniza no poder é incomensuravelmente maior e melhor do que as pequenas expressões partidárias que - ainda - existem em Angola.
3 - Os hospitais e escolas criados, como refere, foram muitas vezes de carácter privado. Só quem nunca esteve no maior hospital de Luanda, o Josina Machel, é que não sabe o que é o "serviço nacional de saúde" daquele país... e daquela capital... imagine-se nas províncias. Além disso, as iniciativas de alfabetização e saúde nas últimas décadas, passaram mais pelas instituições religiosas e organizações não governamentais do que propriamente pelo Estado angolano. Só não sabe quem não quer...
4 - Qual visionamento diferente da realidade sociológica qual carapuça! Vá lá dizer aos refugiados do Darfur que, perante a realidade sociológica, é muito natural que sejam vítimas de genocídio... porque estão em África e em África as coisas são um pouco mais complicadas do que nos continentes "civilizados".
5 - Os musseques de que fala tão orgulhosamente como sendo a Angola das pessoas... estão a desaparecer, os terrenos estão a ser vendidos a grandes grupos multinacionais (alguns dos quais de capital português), para dar lugar a condomínios? Serão condomínios para as "pessoas de Angola"? Para onde estão a ser realojadas essas pessoas?
A memória não se apaga só porque convém.