13.4.08

COELHO OU AS FRUSTRAÇÕES DA PÁTRIA


«Sacrificar Jorge Coelho às frustrações da Pátria não resolve nada. O peso do Estado e a dependência da economia não se curam com demagogia ou com a farsa "ética" que certos pregadores gostam tanto de representar», assim se conclui a crónica de Vasco Pulido Valente no Público de domingo. É verdade. Jorge Coelho é um filho das "frustrações da Pátria". Como ele, há mais mil do mesmo ou de outros partidos. O que VPV não vê, de certeza, é outros filhos das "frustrações da Pátria", com cursos superiores - até mestrados - ou com cursos "médios" de carácter técnico, a quem nunca passou pela cabeça "servir" a Pátria nos partidos e em tudo o que uma razoável militância apascentada pela gente "certa" propicia, ocuparem, por mérito exclusivamente seu, lugares a que, em abstracto, teriam direito. Também nunca passou pela cabeça aos "sacrificados" da vida partidária concorrerem, por exemplo, às categorias de ingresso - as mais "baixas" - no Estado, no tempo em que havia concursos de ingresso. Os raros que "abriram" para uma ou duas vagas foram, entretanto, preenchidos pelos milhares daqueles filhos das "frustrações da Pátria" que não optaram por um currículo na secção 1, 2 ou 3 do partido. Nem tão pouco ocorreu a estes últimos apresentar currículos a empresas privadas para o exercício de funções "intermédias" adequadas às respectivas formações científicas, quando elas existam. Não. A simples passagem pelo altar salvífico do governo confere imediatamente um "direito" - e , até, o dever - de prosseguir a nobre tarefa sacrificial num posto elevado de gestão ou, mais eufemisticamente, de "consultadoria" numa daquelas dezenas de empresas que fingem integrar uma sociedade "civil" que só existe se o Estado (e os partidos que mandam nele) consentir. Por acaso Coelho até fez alguma coisa fora da política, mas não foi certamente esse breve currículo profissional (STAPE, Carris) que justificou a presente opção e este mais do que justo "sacrifício". As empresas precisam das pessoas certas que as "apresentem" às pessoas certas para sobreviverem. É esta a medida do "sacrifício" de Jorge Coelho em nome das imemoriais "frustrações da Pátria". Bem haja.

9 comentários:

Anónimo disse...

Para que servem as «Carris» do regime.
Por lá passou tambem um outro artista do regime/PSD, antigo oficial da Armada, conhecido na marinha por «cacilheiro», o que já de si é significativo.
Vice- presidente do PSD há dois anos, cujo nome agora não me ocorre.
Onde revelou aos funcionários e profissionais da empresa, o elementar.
Pesporrência verbal, ignorância natural, imcompetência empresarial.
O que em nada o impediu de levar a cabo o seu mandato de administrador.
Como apesar disso as Carris do regime vão funcionando, é bem um sintoma do génio lusitano.
Ou da validade de uma das leis da Física - lei da inércia.
JB

JC disse...

Para quem tiver paciência de ler:
http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2008/04/coelhone.html
Cumprimentos
JC

Anónimo disse...

Claro ... e mais ainda ... nem sequer lhes passou pela cabeçorra
(desses tais sacrificados dos partidos, aqueles tais que até tiraram uns cursecos/diplomas na Universidade Independente, com "n" provas ao Domingo e tudo...Ah, e pelo mesmo professor, pá porreiro pá,o tal que deve ser munta POLIVALENTE, sim esse mesmo,o tal que é primo da Edite Estrela...caramba: autêntico GÉNIO!!!Isto p/não falar do Inglês técnico por via de uma cartão de visita do Ministério...ahahahah...)
PASSAREM PELO CRIVO DUMA PROVA TÉCNICA DE ALTO GABARITO NA ORDEM DOS ENGENHEIROS !!! Para quê (?!),sim para quê, se o «mérito» (da trafulhice, quiçá ...) já estava todo no facto de ser "ratinho" lá do Largo do PS ...?
Ora bem, como eles a sabem toda ...
E como convém aos "empresários" continuarem a TRADIÇÃO - desde os velhos tempos da República - de continuarem «coladinhos» ao PODER p/depois se dizer que temos INICIATIVA PRIVADA, ahahaha ... Quais "champálimôs",quais "melos" etc e tal ...
NESTE PAÍS NUNCA HOUVE EMPOREENDORISMO exactamente pq nunca houve «poder» económico neste Portugalinho à beira mar plantado, sem a mama do Poder Político, ou seja, BEM COLADINHO aos Conselhos de Ministros!!!
E com isto, diga, está também incluída essa coisa de Maçonaria ou de OpusDei...ou não gozassem eles também dos mesmos favores e "benésses".
Oh pá, isto é tudo a mesma MERDA e HÁ MUITOS ANOS: passou até a ser GENÉTICO - nem a tal "sociedade civil" consegue viver sem isso, sejamos claros!!!
Está tudo de mão estendida(que nem famintos)à beira da MANJEDOURA DO ESTADO...
E vêm esse pulhas todos dizer que os FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS É QUE TÊM A CULPA TODA DE TODO O MAL QUE ACONTECE POR CÁ?
Puxa, isto é demais...
Olha sabes o que te digo(?):
VENHA DE LÁ A Monarquia Constitucional,que já tenho Saudades de voltar a ter orgulho do meu País, onde já houve, pelo menos, algum DECORO !!!
Midarte.

Nuno Castelo-Branco disse...

Com tanto dislate disfarçado de competência, um dia destes ainda "lhes" rebenta a castanha na boca. Esta situação arranja resposta pronta para tudo e de facto, é normal as pessoas continuarem a trabalhar após o desempenho de cargos públicos. no entanto, sempre queremos ver a quem serão atribuídas as novas betonagens que aí vêm.

António Viriato disse...

O caso de Jorge Coelho culmina e remata a fraude imensa em que o presente regime político se deixou atolar.

Terá isto hipótese de redenção?

Responda quem puder !

Anónimo disse...

Isso sem referir que, DENTRO DA POLÍTICA, além de ter tido o pelouro da Administração Pública sem sequer ser ministro das finanças, se pirou com habilidade saloia quando caíu a ponte de Entre-os-Rios e garantiu que os reponsáveis pelo alagamento do túnel do Metro no Terreiro do Paço estavam encontrados e que as obras a mais não custariam nem mais um tostão ao contribuinte.

E depois é o autor de frase célebres como «vocês ainda hadem ver» ou «quem se mete com o PS, leva» e sabe "cantar" o «Only You».

Enfim, homem de grande valor e estatura.

Anónimo disse...

não agradeço aos profissionais da politica que se sacrifiquem tanto por nós. são lixo humano
balde-de-cal

Anónimo disse...

A defesa da ida de Jorge Coelho para a Mota/Engil, feita pelo Director do "Sol" e por outro articulista do mesmo semanário, também me parece estranha. A não ser que a "razão" se encontre na multiplicidade de acessores e conselheiro que enxameiam todos os gabinetes governamentais, com relações privilegiadas com a classe jornalística, também objecto de um artigo da última edição do mesmo semanário. Ou pretendem que vejamos o sol por uma peneira?

Anónimo disse...

Quando Salazar tirou Ulisses Cortez de Ministro das Finanças e o colocou no topo da Caixa G.Depósitos VPV já escrevia? Faço a pergunta porque gostava de saber qual foi o seu comentário.
O actual Ministro das Finanças, arengou, não há muito tempo, sobre a necessidade de pagar bem aos gestores das empresas para se conseguirem gestores capazes. O que disse é uma treta, pois o que ele, e outros como ele, pretendem é que os lugares nas administrações sejam principescamente remunerados para poderem aproveitar quando levarem o inevitável pontapé no cú.
E, já agora: o que fez Jorge Coelho em Macau? Que gabarito adquiriu para ser administrador? O palavriado do ministro cai pela base com ida para administrador de um Ministro da Saúde, num governo de socialistas de merda, que foi electricista na empresa onde trabalhámos