10.4.08

POSIÇÕES E "INGERÊNCIAS"

A propósito disto e disto, Constança Cunha e Sá no Público:

«Fernanda Câncio acusa-me de "confundir" qualquer crítica às posições da Igreja com "tentativas de silenciamento e exclusão". Não é manifestamente o caso. Como é óbvio, não penso que a Igreja deva estar acima do debate público - embora tenha referido uma certa "incompatibilidade" entre o relativismo democrático e a natureza absoluta de uma Verdade que emana de Deus. Mas isso levava-nos a um outro debate sobre a natureza da religião, a transcendência do sagrado e a difícil arte da tolerância. Voltando ao que está em causa, não me parece que as posições da Igreja sejam, de facto, criticadas. De uma forma geral, passa-se ao lado do seu conteúdo, para se comentar apenas a sua falta de legitimidade. Pegando num exemplo recente, não se discute o que disseram alguns membros da hierarquia católica sobre a nova lei do divórcio, proposta pelo PS. Em vez disso, questiona-se o facto de estes se poderem pronunciar sobre um assunto que supostamente não lhes diz respeito, ou seja, as posições da Igreja quase nunca são vistas como posições - mas sim como ingerências inaceitáveis nos assuntos do Estado e nas competências de César.»

7 comentários:

Anónimo disse...

Já agora, vejam o artigo de Rui Ramos no Público de ontem. Explica muito bem a esses atrasados mentais a posição em que a igreja se encontrava em 1910, isto é, subordinada ao estado. Tudo o resto é pura propaganda da escória republicana.

Anónimo disse...

o socialismo é verdade única e intolerante.
verdadeiramente democratas foram estes socialistas : staline, mao, hitler, allende, pinochet, fidel.
dos portugueses todos nos lembramos

Anónimo disse...

f. não acusa, usa as ideias dos outros como temas. A discórdia é uma forma de parecer original quando existe vazio de ideias.

aviador disse...

Comos eles ficam contentinhos com a festança !

Parolos!

Nuno Castelo-Branco disse...

Parece-me que não existe qualquer vantagem em fazer eclodir uma nova guerrazinha religiosa. O anónimo das 10.44 chamou a atenção para o excelente artigo de Rui ramos no Público. É verdade, a igreja estava subordinada ao Estado e não o contrário. Era o tempo áureo de um certo regalismo tardio. A festança costista das medições cranianas, sovas em pleno Rossio, rasgar de vestes talares e destruição de património, deram naquilo que se sabe. Se alguém já se esqueceu, aproveitem a internet e consultem. faz bem a todos.
+Até porque entre uma certa corrente ferozmente anti-igreja católica, existe uma estranha tendência para rituais, invocações a um supremo qualquer, juras de obediência, punhais sagrados(nem sei...), vestes esquisitas, enfim, um neo-akhenatonismo para o qual não há pachorra. É uma outra religião.

Raul P. disse...

E eu que sou ateu e não acredito em nada a não ser no progresso humano e que a religião é extremamente venenosa? Em que ponto fico? Como me é permitido expressar perante a opinião pública? Tenho que ficar sentado a ouvir as balelas de toda a gente? Enquanto a humanidade continuar a acreditar na Carochinha não passamos de uns fúteis bípedes numa crosta de um calhau azul. Ganhem juízo!

Alberto Vale disse...

Creio que pelo critério de lógica é fácil de explicar. Senão vejamos:
M - Mulher
H - Homem

Para que haja casameto é necessário que
H concorde *E* M concorde

A negaçã0 lógica é:
~(H concorde *E* M concorde) = H não concorde *OU* M não concorde

Portanto basta que PELO menos um dos elementos do casal não se entenda. Portanto a decisão do governo é lógica!

Cumprimentos
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L I N K S I N T E R E S S A N T E S
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