24.7.06

STOP

Imaginem se agora os centros de saúde, os hospitais, as repartições de finanças, os governos civis, as câmaras e outros quaisquer serviços públicos desatassem a publicitar quase diariamente as suas actividades e o resultado das mesmas, como se de algo extravagante se tratasse. As chamadas forças de segurança, pelo contrário, cada vez que fazem uma exibição pública da sua "eficácia" - agora em "intervenções conjuntas" - têm direito a televisão e a estatísticas (muito gosta a GNR de estatísticas). É claro que mais não fazem do que cumprir a sua obrigação, a que resulta da lei, sem mais. Esta propaganda securitária, que envolve o congestionamento de auto-estradas para os senhores agentes das várias inspecções vasculharem tudo e mais alguma coisa, faz-me lembrar os telejornais da Guatemala e de El Salvador, quando lá estive há seis anos. Quase tudo diz respeito à actividade policial e criminosa, com destaque para raptos e sequestros. Ainda não chegámos lá. Mas continuamos imparáveis na nossa palonça "américo-latinização".

2 comentários:

José Borges disse...

qual é mesmo a crítica?

Anónimo disse...

qual é mesmo a crítica?
Estratégia governamental de propaganda???